Após anúncio de Trump, Trudeau diz que pode trabalhar para ratificar T-MEC
Toronto, 17 mai (EFE).- O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, afirmou nesta sexta-feira que, com a decisão dos Estados Unidos de eliminar as tarifas sobre o aço e o alumínio do país, está pronto para cooperar e ratificar o T-MEC, acordo comercial que substituirá o Tratado de Livre-Comércio da América do Norte (Nafta).
Trudeau disse em entrevista coletiva concedida pouco depois do anúncio feito pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que as tarifas eram o principal obstáculo para a ratificação do novo pacto.
"Agora vamos trabalhar com os americanos no processo de ratificação. Vamos ver quais são os próximos passos e não há dúvida de que demos um grande passo adiante", destacou Trudeau.
O premiê canadense também ressaltou que o acordo foi firmado sem que fosse necessário realizar concessões aos EUA, que inicialmente tinham exigido a implementação de cotas de importação para limitar as importações de aço e alumínio do país vizinho.
"Os americanos queriam que fizéssemos concessões. Solicitaram cotas e queriam impor limitações à nossa indústria, e dissemos a eles que não, que essas tarifas são injustas e que esperaríamos até que elas fossem totalmente eliminadas", argumentou Trudeau.
"Permanecemos firmes, porque era o que os trabalhadores e cidadãos queriam. Essas tarifas não faziam sentido e estavam prejudicando trabalhadores e consumidores dos EUA e do Canadá", completou.
Os dois países fizeram o anúncio sobre o fim das tarifas hoje. Além disso, Canadá e EUA desistiram de algumas denúncias apresentadas por eles na Organização Mundial de Comércio (OMC).
Trump impôs uma taxa de 10% sobre a importação do alumínio e de 25% do aço do Canadá em maio de 2018. Como resposta, Trudeau determinou a aplicação de sobretaxas a US$ 12,6 bilhões em produtos comprados dos americanos.
Várias rodadas de negociações foram necessárias para que os países chegassem a um acordo. Nos últimos dias, o processo ganhou força com ligações diretas entre Trump e Trudeau, que reiterou que as tarifas americanas "não faziam sentido". EFE
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