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Com licença para operar no Brasil, Globalia deve apostar em voos "low cost"

06/06/2019 16h39

Medellín, 6 jun (EFE).- O presidente da empresa aérea Globalia, Juan José Hidalgo, considera que a nova companhia com a qual o grupo prevê iniciar operações no Brasil deve ser de baixo custo e alertou sobre o risco que representa começar com um plano ambicioso demais, que "no meio caminho obrigue a ter que parar".

A Globalia se tornou a primeira companhia de capital 100% estrangeiro a obter uma licença para operar voos domésticos no Brasil. Para Higalgo, o modelo "low cost" tem "pontos positivos, ao incorporar pilotos e tripulantes jovens, embora venham de outras companhias, com novos salários e emprego local".

O presidente da Globalia não conhece com detalhes as abordagens de seu filho Javier Hidalgo, que comanda o grupo há quase três anos e negociou a entrada no país, porque "ainda não tem tido tempo para isso", mas defende que o modelo "low cost" é o melhor para o início de suas operações no mercado brasileiro.

Hidalgo acredita que, quando há uma concessão de uma linha, "é preciso fazer os estudos de mercado e bolar um plano de negócios para no mínimo cinco anos e ver possibilidades de crescimento".

"Agora é preciso criar a nova infraestrutura com um novo nome, novos aviões e novo pessoal a partir de uma análise das possíveis rotas", explicou o presidente da Globalia.

"É preciso fazer as coisas com segurança e também se deve analisar o que levou uma companhia muito bem implantada no mercado brasileiro como a Avianca à falência. Nós não podemos cometer esse erro. Temos que fazer as coisas de forma tranquila, como eu fiz na minha vida, pouco a pouco e com passos firmes e bom senso", disse.

Na sua opinião, "o projeto ainda está bastante verde, o que sim parece é que há pressa, que se devem a que, no Brasil, existe pouca concorrência no setor e é preciso um outro elemento para melhorá-la".

Embora o plano de negócio ainda esteja por ser definido, Hidalgo antecipou que os aviões da nova companhia não serão da Air Europa, que não tem unidades disponíveis.

"Tudo no Brasil deve ser novo", destacou o empresário.

A escolha sobre se opera com aviões da Embraer ou faz um pedido específico de aparelhos maiores como os A320 e 737 MAX mais moderno, diante da incerteza de quando poderão voltar a voar, está "ainda bastante verde neste momento", sendo que a decisão será tomada pelo executivo-chefe do grupo, Javier Hidalgo.

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