Funcionários da Petrobras no Uruguai iniciam greve geral
Montevidéu, 10 jun (EFE).- Os funcionários da Petrobras no Uruguai, com o apoio da central sindical uruguaia PIT-CNT e da Federação Única dos Petroleiros do Brasil, começaram nesta segunda-feira uma greve geral que será mantida até que seja solucionado o conflito laboral com a companhia.
No ato que marcou o início da greve, na Praça Independência de Montevidéu, o porta-voz do sindicato do gás do Uruguai, Alejandro Acosta, disse a jornalistas que os trabalhadores protestam contra a recusa da Petrobras à última proposta de negociação por parte do governo do país.
"A empresa rejeitou plenamente. Manteve as demissões, as sanções a 57 trabalhadores com advertência de demissão. Definitivamente se negou totalmente ao diálogo e à negociação", afirmou.
O presidente do PIT-CNT, Fernando Pereira, disse que embora os trabalhadores estivessem dispostos a ceder parte dos direitos para construir uma solução, a empresa teve "uma atitude cruel" de rejeição ao diálogo.
"O que encontramos é uma parede, porque a última proposta do governo consistia em suspender todas as decisões para ver se era possível encontrar um caminho de entendimento, e mesmo assim foi rejeitada", afirmou.
Tadeu Porto, integrante da Federação Única dos Petroleiros do Brasil que participou do ato, declarou que a "desatenção" da Petrobras no Uruguai "é fruto de uma política do governo brasileiro feita desde que decidiu dar um golpe contra o governo da ex-presidente Dilma Rousseff".
Porto afirmou que diante dos ataques aos trabalhadores feitos pelos governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro, o movimento sindical tem que responder em uma luta conjunta.
"Nosso grande objetivo é juntar a classe trabalhadora para passar uma mensagem, e aproveitamos esta oportunidade para que os companheiros do Uruguai também abracem a greve geral de todos os trabalhadores do Brasil em 14 de junho. Estamos todos conectados porque sabemos que é um ataque ao povo da América Latina", ressaltou.
Segundo o porta-voz do sindicato do gás, a greve geral será mantida até que haja soluções para o conflito. Enquanto isso, os trabalhadores somente garantem o cumprimento do fornecimento essencial aos usuários e às emergências em hospitais.
O conflito dos trabalhadores uruguaios com a empresa começou em 2016 após várias demissões e incluiu uma greve de fome, manifestações e ocupações aos diferentes locais da companhia. EFE
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