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Controladores de tráfego aéreo retomam greve na Argentina

22/06/2019 11h52

Buenos Aires, 22 jun (EFE).- Os controladores de tráfego aéreo dos aeroportos da Argentina retomaram neste sábado uma greve que forçou as companhias aéreas a reprogramar seus voos.

A medida de força foi levada adiante pela Associação de Técnicos e Empregados de Proteção e Segurança à Aeronavegação (ATEPSA), que mantém um conflito com a Empresa a Argentina de Navegação Aérea (EANA SE), responsável pelos funcionamento dos radares nos aeroportos.

O grêmio iniciou a ação de protesto na quinta-feira passada, quando paralisou as atividades durante quatro horas, e neste sábado, no segundo dia de greve, não haverá operações durante duas horas no período da manhã e outras duas no período da tarde.

Segundo o anunciado pelo sindicato, este esquema de greve se manterá até no próximo sábado, afetando a decolagem tanto de voos nacionais como internacionais.

Em comunicado divulgado este sábado, a EANA disse que a reprogramação horária de diversos voos "permite hoje operar normalmente".

"Graças à reprogramação de voos por parte das linhas aéreas para que as partidas não se vejam afetadas pela medida, e a oportuna comunicação aos passageiros, o público pode viajar hoje sem maiores inconvenientes. Não são previstos cancelamentos", informou a empresa.

O grêmio, que representa os controladores de passagem aérea, os operadores dos serviços de informação e comunicações aeronáuticas, os técnicos especialistas em comunicação, navegação e vigilância e os especialistas em serviços de busca e salvamento, convocou a greve por múltiplas exigências.

O sindicato afirmou em comunicado que não recebeu respostas "à grande quantidade de denúncias realizadas sobre as condições degradantes dos prestadores de serviços, que impactam diretamente na segurança das operações das linhas aéreas".

Além disso, o grêmio denuncia "situações de assédio e discriminação, o preocupante estado dos serviços de navegação aérea, aumento na carga de trabalho com a aprovação de novas rotas aéreas e a falta de compromisso por parte da EANA na hora de discutir salário".

Segundo a EANA, a medida de força se deve exclusivamente a uma "reivindicação de recomposição salarial".

A empresa afirmou que, "em um marco de boa fé", outorgou no transcurso desta semana um aumento salarial, retroativo a março, mais uma gratificação extraordinária por única vez.

"No entanto, o grêmio de controladores aéreos continua com as medidas previstas", lamentou a companhia estata , que destacou que desde sua criação há três anos investiu cerca de 5 bilhões de pesos (cerca de US$ 113 milhões) em tecnologia de controle aéreo. EFE