Experimento do "Washington Post" alerta sobre "cookies" no Google Chrome
San Francisco, 25 jun (EFE).- Um experimento realizado pelo "Washington Post" revelou que o sistema informático do jornal americano recebeu mais de 11 mil pedidos de "cookies" de propagandas durante uma semana, volume que seria baixado automaticamente caso o navegador Google Chrome fosse utilizado.
A análise foi realizada pelo colunista de tecnologia do jornal Geoffrey Fowler, que durante uma semana inteira realizou no Mozilla Firefox as mesmas atividades online que normalmente realiza com o Google Chrome, o navegador mais usado do mundo.
Ao contrário do Chrome, que baixa automaticamente os cookies de cada site, o Firefox (assim como o Safari, da Apple) alerta o internauta quando um portal solicita o download, o que permitiu a contagem, que chegou a 11.189 pedidos.
Cookies são pedaços de informação que as páginas guardam do sistema e que contêm dados relacionados à privacidade ou às atividades do usuário (como nomes de usuário e senhas, buscas de produtos e detalhes sobre compras).
Esses arquivos foram criados em meados dos anos 90 para que o internauta não tivesse que voltar a introduzir esses dados toda vez que voltar ao site, assim como para facilitar a navegação online e reduzir as interrupções sem sobrecarregar os servidores com informações.
No entanto, rapidamente foi encontrada outra utilidade para os cookies: realizar um "acompanhamento" da atividade e das caraterísticas do internauta para assim poder mostrar anúncios personalizados que se enquadrem melhor aos seus interesses e afinidades, um negócio lucrativo que nos últimos anos foi dominado por duas empresas: Google e Facebook.
Sendo assim, o "Washington Post" recomendou que os leitores se preocupem com a privacidade dos seus dados e deixem de utilizar o Chrome para navegar com Firefox ou Safari, que são mais restritivos em relação ao envio de cookies. EFE
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