Regulador japonês avalia multa de 16 milhões de euros a Nissan por caso Ghosn
Tóquio, 27 jun (EFE).- O regulador financeiro do Japão está considerando impor à Nissan Motor uma multa de mais de 2 bilhões de ienes (cerca de 16,3 milhões de euros) por supostamente não ter declarado em seus relatórios a remuneração total de seu ex-presidente, o brasileiro Carlos Ghosn.
A Comissão de Supervisão de Valores Mobiliários e Mercados do Japão planeja começar a inspecionar as instalações "in loco" do fabricante de carros em breve, e pretende pedir à Agência de Serviços Financeiros, no final do ano, que imponha uma multa à Nissan caso encontre evidências de irregularidades, segundo informações publicadas nesta quinta-feira (data local) pelo jornal japonês "Nikkei".
O órgão regulador financeiro procura encontrar evidências de que a Nissan violou a lei de instrumentos financeiros por não ter declarado toda a remuneração do executivo dentro dos relatórios financeiros que devem ser submetidos a ela.
A agência já entrou com um processo contra Ghosn e Nissan por essas irregularidades em janeiro deste ano, mas esta nova ação reguladora está à margem deste litígio, bem como a investigação realizada pela Promotoria de Tóquio.
Ghosn, que atualmente está em liberdade sob fiança e esteve em prisão preventiva em duas ocasiões, foi detido pela primeira vez em novembro do ano passado, acusado de não informar sobre a totalidade das suas remunerações às autoridades financeiras.
Segundo a investigação em curso, a empresa não teria incluído em seus relatórios uma série de pagamentos supostamente acordados entre a Nissan e o executivo brasileiro, que deveria recebê-los após a retirada e totalizando cerca de 9,2 bilhões de ienes (cerca de 75 milhões de euros).
O ex-presidente da Nissan rejeitou esta acusação e o resto das outras que pesam sobre ele, entre as quais estão o abuso da confiança da empresa japonesa para usar fundos corporativos para fins pessoais e fazer transações injustificadas. EFE
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