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Powell alerta que "tensão comercial" e "fraqueza global" pesam sobre EUA

10/07/2019 11h13

Washington, 10 jul (EFE).- O presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Jerome Powell, ressaltou nesta quarta-feira que as incertezas econômicas pelas tensões comerciais e a preocupação sobre a força da economia global seguem pesando sobre os Estados Unidos, em um cenário no qual prometeu uma atuação "apropriada".

"De acordo com os últimos dados e outros eventos, parece que as incertezas em torno das tensões comerciais e as preocupações sobre a força da economia global continuam pesando sobre as perspectivas dos EUA", afirmou Powell em texto preparado para ser lido em seu pronunciamento semestral diante do Congresso americano.

Da mesma forma que fez em junho deste ano, Powell afirmou que o Banco Central "atuará conforme o apropriado para sustentar a expansão", em um sinal sobre a possibilidade de redução das taxas de juros, atualmente entre 2,25% e 2,5%, na próxima reunião do Fed, que acontecerá no final do mês.

O presidente do Banco Central comparecerá nesta manhã diante do Comitê de Serviços Financeiros da Câmara de Representantes e amanhã, diante do Comitê Bancário do Senado.

Além disso, Powell destacou que o crescimento do investimento empresarial teve uma freada "notável" e que o impulso econômico parece ter se desacelerado em algumas grandes economias estrangeiras, o que poderia afetar a economia dos EUA.

As palavras de Powell foram ditas depois que o presidente americano, Donald Trump, reiterou suas críticas e elevou a pressão sobre o Banco Central ao insistir que deveria reduzir o preço do dinheiro para apoiar a atividade econômica nos EUA.

O Fed apresentou em junho suas novas projeções, nas quais não houve mudanças no crescimento estimado para este ano (2,1%) e para 2020 (2%), abaixo dos 2,9% registrados em 2018.

Os dados modificados foram os de inflação, com a queda da evolução de preços ao término de 2019, que passou do 1,8% estimado há três meses para 1,5%, abaixo do objetivo do organismo de 2% anual.

O próximo encontro de política monetária do Banco Central vai acontecer nos dias 30 e 31 de julho. EFE