Cepal reduz previsão de crescimento da América Latina para 0,5% em 2019
Santiago do Chile, 31 jul (EFE).- A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) reduziu nesta quarta-feira para 0,5% a perspectiva de crescimento econômico da região em 2019, frente ao 1,3% que estimou em abril deste ano, devido ao mau desempenho do investimento, às exportações, a uma queda do gasto público e ao estado frágil da economia mundial.
Este ano será marcado por uma desaceleração generalizada que afetará 21 dos 33 países da região, segundo o Estudo Econômico para América Latina e Caribe 2019 que a Cepal apresentou nesta quarta-feira em Santiago do Chile.
O organismo projetou um crescimento mundial de 2,6% em 2019, quatro décimos abaixo do observado em 2018, um enfraquecimento influenciado pelas tensões comerciais e pelos problemas geopolíticos que derivaram também em um cenário internacional desfavorável para a região.
Segundo o relatório, a expectativa é que o Produto Interno Bruto (PIB) da América do Sul cresça 0,2% este ano, enquanto as economias da América Central se expandirão 2,9%, um dado que cai para 1,4% se o México for colocado junto às economias dessa região.
Já para o Caribe, a Cepal espera um crescimento de 2,1%.
Por países, Dominica liderará o crescimento da região com 9,9%, seguida por Antígua e Barbuda (5,9%) e pela República Dominicana (5,5%). As duas maiores economias regionais terão avanços bem mais tímidos, segundo a Cepal: 1% no México e apenas 0,8% no caso do Brasil.
Por outro lado, os três países com números negativos são a Argentina, que sofrerá um retrocesso de 1,8%, a Nicarágua (-5%) e a Venezuela (-23%).
No primeiro trimestre do ano, a atividade econômica na América Latina caiu 0,1% a respeito do mesmo período de 2018.
As economias da América do Sul decresceram em média 0,7% no primeiro trimestre de 2019, o que contrasta com o crescimento de 1,5% do primeiro trimestre de 2018.
Por sua parte, as economias da América Central mostraram durante esse trimestre uma taxa de crescimento inferior à do primeiro trimestre de 2018, de 3,3%.
Quando se leva em conta a América Central e o México, o crescimento do primeiro trimestre de 2019 foi de 1,5%.
Em nível nacional, durante o primeiro trimestre de 2019 a República Dominicana e a Bolívia foram as economias que registraram maior crescimento dentro da região (5,7% e cerca de 4%, respectivamente), seguidas por Panamá (3,1%), Guatemala (3,0%) e Colômbia (2,8%).
Cinco economias se contraíram no primeiro trimestre (Argentina, Nicarágua, Paraguai, o Uruguai e a Venezuela), enquanto o Brasil se desacelerou (0,46%) e as demais cresceram entre 0,6% e 2,6%. EFE
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