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EUA e China retomarão negociação comercial no início de setembro

31/07/2019 14h14

Washington, 31 jul (EFE).- Os Estados Unidos afirmaram nesta quarta-feira que a China reiterou o "compromisso" de aumentar as compras de produtos agrícolas americanos ao término de uma nova rodada de negociação comercial sem resultados substanciais, além de informar que as conversas serão retomadas no início de setembro em Washington.

"A delegação chinesa confirmou o compromisso para aumentar as compras de exportações agrícolas dos EUA. Os encontros foram construtivos e esperamos que as negociações sobre um acordo comercial executável continuem em Washington no início de setembro", indicou a Casa Branca em comunicado, sem oferecer mais detalhes.

Além disso, informou que "as duas partes discutiram temas como a transferência forçada de tecnologia, os direitos de propriedade intelectual, serviços e barreiras não tarifárias".

A nova rodada de conversas aconteceu nesta semana em Xangai sem que houvesse avanços na disputa comercial.

Por parte dos EUA, a delegação foi liderada pelo representante de Comércio Exterior, Robert Lighthizer, e pelo secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, enquanto pela China os responsáveis foram o vice-primeiro-ministro, Liu He, e o ministro de Comércio, Zhong Shan - que não participou das rodadas anteriores -, considerado parte da linha dura do Partido Comunista.

Ao mesmo tempo que ambas as partes estavam sentadas na mesa de negociação, o presidente americano, Donald Trump, voltava a criticar Pequim por "mudar sempre o acordado" para benefício próprio, assim como atrasar deliberadamente a assinatura de um acordo com a esperança de que o candidato democrata ganhe as eleições de 2020.

O encontro desta semana em Xangai foi o primeiro de alto nível desde que, em 29 de junho, Trump e o presidente chinês, Xi Jinping, se reuniram durante a cúpula do G20 em Osaka, no Japão.

As negociações foram interrompidas em maio e Trump aumentou de 10% para 25% as sobretaxas sobre US$ 200 bilhões em produtos chineses, o que levou a Pequim a impor encargos em produtos americanos avaliados em US$ 60 bilhões.

As tensões entre EUA e China têm suas raízes no desequilíbrio da balança comercial a favor da China, que exporta US$ 419 bilhões a mais do que importa dos Estados Unidos e que Trump assegura que se deve às injustas práticas comerciais do gigante asiático. EFE