Alberto Fernández descarta reunião com Macri: "Não faz sentido"
Buenos Aires, 14 ago (EFE).- O candidato presidencial Alberto Fernández, que foi o mais votado das primárias realizadas no último domingo, disse nesta quarta-feira que as medidas econômicas propostas pelo presidente Mauricio Macri chegaram tardiamente e que acredita ser desnecessário se reunir com o chefe de governo.
"Não faz sentido nos reunirmos, porque não vamos nos colocar em acordo. Não quero ser cúmplice das suas decisões. Por que então à Argentina que opção restará se todos pensarmos a mesma coisa? Acho que ele está tomando estas medidas tardiamente", opinou Fernández em declarações à rádio "El Destape".
O candidato d Frente de Todos obteve 47% dos votos nas Primárias Abertas Simultâneas e Obrigatórias do último domingo, contra 32% de Macri, que busca a reeleição e ficou em segundo lugar.
"Precisou que dois terços votassem contra para que ele se desse conta do que tinha feito na Argentina", criticou Fernández, que admitiu: "foi positivo que o presidente tenha se dado conta que aniquilou a capacidade de consumo dos argentinos e tenta reavivá-la, mas se trata de uma postura adotada por necessidade eleitoral e não por convicção".
Além disso, o vencedor das primárias prometeu que ajudará em tudo que estiver ao seu alcance, mas ressaltou que cabe a Macri governar.
"O que o presidente não entende é que tem que governar, e vou ajudar a governar. Mas tem que governar até o último dia, isso é o que quero. E a verdade é que não faz sentido dialogarmos se ele espera que eu me ponha de acordo com ele porque concebo outro país", afirmou.
Na última segunda-feira, durante uma entrevista para um canal de televisão, Fernández havia afirmado que até aquele momento não havia sido procurado por Macri, mas que ficaria encantado se o presidente falasse com todos os setores. EFE
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