Trump pede ao Fed corte de 1 ponto percentual nas taxas de juros dos EUA
Washington, 19 ago (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu nesta segunda-feira ao Federal Reserve (Fed), o banco central americano, que faça um corte de 1 ponto percentual nas taxas básicas de juros do país, uma medida considerada apenas em cenários de recessão.
"Em um período bastante curto de tempo, deveríamos reduzir a taxa do Fed em pelo menos 100 pontos básicos, com talvez algo de alívio quantitativo", escreveu Trump no Twitter.
Ao citar o termo "alívio quantitativo", o presidente parecia se referir ao programa de compra de títulos da dívida americana que o Fed manteve por quase uma década após a crise financeira de 2008. A medida foi suspensa no fim de 2014, diante da boa saúde da economia.
"Se isso ocorresse, nossa economia seria ainda melhor, e a economia mundial melhoraria notável e rapidamente. Seria bom para todos. (...) O dólar está tão forte que está causando prejuízos em outras partes do mundo", completou o presidente americano.
Temendo uma futura recessão nos EUA, o mercado financeiro teve dias de pânico na semana passada após o registro de uma inversão de curva da rentabilidade dos treasuries de 10 e 2 anos, um fenômeno que antecedeu várias das últimas crises no país.
Trump disse no domingo que não acredita na proximidade de uma crise porque os consumidores estão "cheios de dinheiro". Hoje, o presidente culpou os democratas pela preocupação do mercado, alegando que esta é uma estratégia para as eleições de 2020.
"Nossa economia é muito forte, apesar da horrível falta de visão de Jay Powell e do Fed, mas os democratas estão tentando forçar a economia a ir mal para atender aos seus objetivos nas eleições de 2020", escreveu Trump em outra mensagem divulgada pelo Twitter.
O ambicioso pedido de Trump, que exige do Fed o maior corte nas taxas de juros desde a crise financeira de 2008, ocorre três dias antes do início do principal fórum de governadores de bancos centrais dos EUA.
O presidente do Fed, Jerome Powell, discursará no evento na próxima sexta-feira. A expectativa é que ele dê mais detalhes sobre seus planos para a política monetária americana. EFE
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