Déficit fiscal dos EUA chegará a US$ 1 trilhão em 2020
Washington, 21 ago (EFE).- O déficit do governo federal dos Estados Unidos chegará a US$ 960 bilhões no ano fiscal de 2019 e a US$ 1 trilhão em 2020, segundo as projeções divulgadas nesta quarta-feira pelo Escritório Orçamentário do Congresso (CBO).
O órgão tinha projetado uma dívida de US$ 896 bilhões para 2019 e US$ 892 bilhões para 2020, mas novas medidas aprovadas pelo Congresso, como o pacote para financiar a construção do muro na fronteira com o México, ampliarão o déficit fiscal do país.
A situação deve piorar. O acordo orçamentário firmado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, e os democratas somará US$ 1,7 trilhão ao déficit ao longo dos próximos 10 anos. Por outro lado, a reforma tributária aprovada em 2017, que inclui importantes cortes de impostos para empresas, diminuiu a arrecadação do governo.
Segundo especialistas, normalmente o déficit fiscal cai quando o desemprego é baixo e quando há períodos constantes de crescimento econômico, caso dos EUA, mas a dívida do país está crescendo mais do que o esperado.
O CBO também calculou que o déficit federal deve crescer US$ 800 bilhões a mais do que o esperado em 10 anos. Confirmadas as previsões, a dívida nacional dos EUA chegará a níveis não vistos desde o final da Segunda Guerra Mundial.
"Agora espera-se que o déficit seja maior do que o previsto. Para pôr a dívida em um curso sustentável, os legisladores terão que fazer mudanças significativas nas políticas fiscais e de despesa", indicou o CBO no relatório.
Apesar do aumento das previsões do déficit fiscal, Trump afirmou ontem que está avaliando a possibilidade de cortar impostos sobre os salários nos EUA, uma medida que seria tomada para afastar a hipótese de uma recessão econômica no país nos próximos anos.
O órgão não partidário do Congresso previu também que até o fim da próxima década a dívida federal dos EUA será aproximadamente igual ao PIB do país. EFE
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