Dow Jones fecha em baixa após Trump ordenar que empresas dos EUA deixem China
Nova York, 23 ago (EFE).- Os principais índices de Wall Street registraram quedas nesta sexta-feira devido ao agravamento das tensões comerciais entre Estados Unidos e China e após o presidente Donald Trump ordenar que as empresas americanas deixem o país asiático.
O Dow Jones Industrial caiu 2,37%, para 25.628,90. O seletivo S&P 500 recuou 2,59%, para 2.847,11, e o Nasdaq Composite fechou em baixa de 3%, para 7.751,77 pontos.
Apenas as ações da Boeing terminaram o dia em alta (0,45%) no Dow Jones, no qual as maiores quedas foram dos papéis de Apple (-4,62%), Intel (-3,89%) e American Express (-3,69%).
O pregão nova-iorquino despencou após Trump começar a abrir fogo em sua conta no Twitter. Ele mostrou-se especialmente incomodado com o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, que não deu pistas sobre novas reduções dos juros nos EUA, e com o anúncio, por parte da China, de imposição de tarifas sobre US$ 75 bilhões em produtos americanos.
"Quem é nosso maior inimigo, Jay Powell ou Presidente Xi?", disparou Trump.
O presidente americano reiterou que os EUA perderam, "estúpidamente, trilhões de dólares com a China" na balança comercial e em roubo de propriedade intelectual.
"Não precisamos da China e, francamente, estaríamos muito melhor sem eles (...) Ordeno às nossas grandes companhias americanas para que comecem imediatamente a buscar uma alternativa à China, o que inclui voltar para casa e fabricar seus produtos nos EUA", escreveu.
A ordem de Trump agitou aos mercados e, entre outras consequências, chegou a provocar uma nova inversão na curva de rendimentos dos títulos da dívida americana - os dos 'treasuries' com vencimento em dois anos superaram os dos de dez. Os investidores acreditam que esse é um sinal de que os riscos na economia a curto prazo são maiores do que a longo, o que tradicionalmente é visto como um sintoma de uma recessão próxima.
No horário de fechamento da bolsa, os títulos de dez anos se recuperaram e voltaram a ultrapassar os de dois, com rendimentos de 1,528% e 1,523%, respectivamente. Já a onça do ouro subia para US$ 1.536,60. EFE
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