IPCA
0,83 Abr.2024
Topo

Taxistas ocupam centro de Buenos Aires para protestar contra Uber e Cabify

09/10/2019 17h40

Buenos Aires, 9 out (EFE).- Centenas de taxistas ocuparam nesta quarta-feira a Avenida 9 de Julho, uma das principais vias de Buenos Aires, para protestar contra a falta de ação do governo da Argentina para regular plataformas de transporte como Uber e Cabify.

Convocado pela Associação Civil Taxistas Unidos, o protesto ocorre um dia depois de outro grande grupo de motoristas ter bloqueado ao menos dez pontos da capital da argentina para criticar os aplicativos, acusados pela categoria de operar de forma ilegal no país.

"O mínimo indispensável que pedimos, sem chegar à violência, é fiscalização: fiscalização nas ruas, nos aeroportos_ Os ilegais trabalham com impunidade total, levam passageiros para qualquer lado, não há controle de nada", afirmou à Efe o taxista Julio César Villalón.

Os taxistas se reuniram no cruzamento da 9 de Julho com as avenidas Córdoba e Belgrano, na região onde fica o Obelisco, um dos principais pontos turísticos de Buenos Aires. E a categoria promete manter os protestos até que o governo resolva o caso.

"Todos os trabalhadores são cobrados por qualquer coisa, pagam impostos e tudo. Não cobram absolutamente nada do Uber, por isso também colocamos a culpa no governo", protestou Carlos Ruiz, também motorista de táxi.

Perguntado se a categoria aceitaria a regulação das plataformas de transporte, Ruiz disse que não há mais espaço para motoristas na capital. "Se o governo quiser realmente fazer algo, que abra fábricas e dê trabalho a essas pessoas em outra coisa", sugeriu.

O conflito começou em 2016 com a chegada do Uber a Buenos Aires. Em novembro do ano passado, o governo aprovou uma lei para endurecer as penas aos que transportem passageiros de forma ilegal, mas o aplicativo segue operando na capital.

O Cabify tem as autorizações necessárias para funcionar em Buenos Aires, mas os taxistas acusam a plataforma de concorrência desleal e por isso a consideram como ilegal. EFE