China e EUA negociarão na semana que vem para polir acordo comercial
Pequim, 15 out (EFE).- As equipes de negociação de China e Estados Unidos voltarão a conversar na próxima semana para polir o acordo parcial que tentará dar trégua à guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo, informou a imprensa chinesa nesta terça-feira.
Segundo o jornal de Hong Kong "South China Morning Post", o secretário americano do Tesouro, Steven Mnuchin, e o representante de Comércio, Robert Lighthizer, conversarão por telefone na semana que vem com o vice-primeiro-ministro chinês Liu He antes de "se encontrarem frente a frente".
Essas conversas têm o objetivo de fechar os detalhes do acordo que precisa ser assinado pelo presidente americano, Donald Trump, e o mandatário chinês, Xi Jinping, durante a cúpula do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC), que será realizada em Santiago, no Chile, nos dias 16 e 17 de novembro.
Mnuchin antecipou que "haverá encontros" com o vice-primeiro-ministro chinês antes que os dois presidentes se reúnam na capital chilena.
Trump anunciou na sexta-feira passada um acordo parcial para dar trégua à guerra comercial com a China e congelou os planos de aumentar as tarifas às importações do gigante asiático.
O governante americano descreveu o pacto como a "primeira fase" de um processo de até três etapas para solucionar a guerra comercial.
Já a China se comprometeu a aumentar as compras de produtos agrícolas americanos até chegar ao montante entre US$ 40 bilhões e US$ 50 bilhões, quantias que, segundo Trump, são entre "2,5 e 3 vezes superiores" ao que Pequim "tinha comprado até agora no seu ápice", quando beirou os US$ 17 bilhões.
Nenhum dos dois governos publicou detalhes do acordo até o momento, mas Trump detalhou que o pacto inclui algumas medidas relacionadas à desvalorização da moeda chinesa e temas de propriedade intelectual, embora não lide com a transferência forçada de tecnologia na China, um assunto que será tratado "na segunda fase".
O acordo também não resolve o tema dos vetos à exportação que afetam a empresa de tecnologia chinesa Huawei, tema que está sendo negociado em um processo paralelo, segundo Lighthizer.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China Geng Shuang comentou nesta terça-feira que EUA e China estão "em sintonia e têm o mesmo entendimento sobre o acordo", que será "de grande importância e bom para os EUA, a China e o mundo". EFE
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