Funcionários da GM assinam acordo coletivo e encerram greve após 50 dias
Washington, 25 out (EFE).- Funcionários da General Motors (GM) nos Estados Unidos assinaram o acordo coletivo negociado pelo sindicato United Auto Workers (UAW) e a empresa, pondo ponto final à greve mais longa do setor automotivo no país em 50 anos.
O convênio, aprovado por 57% dos 41 mil filiados da UAW que votaram, regerá as relações da GM com seus empregados pelos próximos quatro anos. O acordo inclui, entre outras coisas, dois reajustes salariais de 3% ao longo do período e uma bonificação de US$ 11 mil para os novos contratados.
Quase 50 mil empregados da GM entraram em greve no último dia 16 de setembro após dois meses de negociações com a empresa para assinar um novo convênio coletivo.
A greve, que paralisou 33 fábricas e 22 centros de distribuição nos Estados Unidos, também afetando unidades no México e no Canadá, custou à GM mais de US$ 2 bilhões. A empresa, porém, poderá recuperar parte desse dinheiro nos próximos meses.
O vice-presidente da UAW, Terry Dittes, agradeceu aos funcionários da GM pelo "sacrifício" durante os 50 dias de greve. Muitos deles ficaram sem receber durante o período.
"O sacrifício e a valente postura resolveram a estrutura de dois níveis salariais e o status permanente de trabalhadores temporários que infestaram a classe trabalhadora nos EUA", explicou Dittes.
Com o novo convênio, os trabalhadores temporários da GM terão mais facilidade para conseguir um emprego definitivo na empresa, uma das exigências da UAW para firmar o acordo com a empresa.
A GM também se comprometeu a investir US$ 7,7 bilhões nos Estados Unidos durante os próximos quatro anos e a manter em operação uma fábrica que seria fechada.
A presidente da GM, Mary Barra, disse em comunicado que o acordo reconhece a importante contribuição dos funcionários para o sucesso da empresa.
Após a assinatura do acordo, a UAW afirmou que começará agora a negociar com a Ford, usando a base do convênio firmado com a GM. A mesma estratégia será adotada posteriormente com a Fiat Chrysler. EFE
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