Coronavírus e Ano Novo Lunar contribuem com aumento da inflação na China
De acordo com o Escritório Nacional de Estatística, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), principal indicador, subiu em janeiro para 5,4% no acumulado dos últimos 12 meses, o que representou aumento de 0,9% com relação ao mês anterior.
A alta é maior que as previsões dos especialistas, que imaginavam um fechamento em 5%.
Como nos meses anteriores, os principais "vilões" foram os alimentos, que subiram 20,6%. Esse aumento do preço, no entanto, é explicado pelo feriado do Ano Novo Lunar, que aconteceu neste ano em janeiro, enquanto em 2019, caiu em fevereiro.
A consultoria Capital Economics, no entanto, destaca que apesar do impacto do feriado, os preços na China subiram mais que o habitual, devido ao comportamento da população, inclusive.
"Parece que os problemas no fornecimento e o estoque compulsivo, devido o surto de coronavírus, ajudaram a manter os alimentos mais caros na semana seguinte ao Ano Novo Chinês, quando normalmente voltam a cair", afirmou a analista Julian Evans-Pritchard.
O preço da carne de porco, um dos produtos mais procurados pelos consumidores chineses continua em tendência de alta e subiu 116% no acumulado de um ano no mês passado (em dezembro eram 97%), dado que a produção foi reduzida por causa de uma epidemia da peste suína na África.
O efeito dessa doença, que não afeta humanos, também impactou no preço da carne bovina e ovina, que apresentaram alta de 20,2% e 10,4%, respectivamente, devido a busca pela substituição da suína.
O Escritório Nacional de Estatística incluiu nas análises divulgadas hoje a menção ao crescimento dos preços na província de Hubei, epicentro da epidemia de coronavírus, onde após o fechamento de várias cidades, cresceu o temor de falta de abastecimento e da inflação que isso provocaria.
Segundo dados do órgão, o IPC subiu, em janeiro, 5,5% nesta região, a princípio, em números similares ao do restante do país.
Por outro lado, os dados oficiais indicam que o Índice de Preços ao Produtor (IPP) subiu 0,1% no acumulado dos últimos 12 meses, depois de ter apresentado queda em dezembro. É o primeiro aumento deste indicador desde maio de 2019.
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