Brasileiro, diretor-geral da OMC alerta para recessão pior que a de 2008
"As projeções mais recentes indicam uma recessão acompanhada de uma perda de empregos pior do que a produzida pela crise financeira de 12 anos atrás", explicou o líder do órgão, em mensagem publicada nos canais oficiais da OMC.
"A Covid-19 ameaça as vidas de milhões de pessoas no mundo e, embora seja uma crise de saúde, acima de qualquer outra coisa, a pandemia também terá inevitável impacto na economia, no comércio, nos empregos e no bem-estar", explicou o brasileiro.
Azevêdo destacou que muitos governos estão introduzindo medidas de estímulo fiscal e monetário, que incrementarão as defesas diante da recessão, mas ao mesmo tempo é preciso uma resposta global para uma pandemia.
"Nenhum país é autossuficiente, por mais poderoso ou avançado que esteja", afirmou o diretor-geral da OMC.
Azevêdo destacou que o comércio é o que permite uma produção eficiente e o abastecimento de bens e serviços básicos, como equipamento médico, alimentos, fontes de energia, mas que no momento muitos países restringiram exportações para evitar falta para a própria população e maior colapso no sistema de saúde.
"Quando a crise sanitária começar a regredir, o comércio permitirá que os países ajudem uns aos outros. A história não nos esquecerá, nem nos perdoará se fracassarmos na hora de ajudar aqueles que mais precisam, estejam onde estiverem", concluiu.
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