Wall Street fecha no vermelho o pior trimestre desde a crise de 2008
O principal indicador da Bolsa de Nova York perdeu 410,32 pontos e ficou com 21.917,16, com destaque negativo para a queda das ações de American Express (-5,15%), Home Depot (-4,8%) e Procter & Gamble (-4,3%).
Já o seletivo S&P 500 caiu 1,60%, para 2.584,59 pontos, e o índice Nasdaq Composite, no qual estão cotadas as grandes empresas de tecnologia, recuou 0,95% e fechou aos 7.700,10.
Há três meses, analistas estimaram que o ciclo de alta em Wall Street continuaria apesar de desafios como a guerra comercial entre EUA e China ou as eleições presidenciais americanas de novembro, mas o coronavírus chegou e perturbou as previsões à medida que se espalhou pelo mundo e foi declarado uma pandemia.
A volatilidade marcou o pregão de março, com os três indicadores passando do território de correção para baixista (20% abaixo do último recorde), quebrando uma bonança que vinha se arrastando desde a crise financeira em meio a vendas massivas de ações por investidores em busca de ativos mais seguros, como a dívida dos EUA ou o ouro.
Com os Estados Unidos como o novo epicentro da crise de saúde, com mais de 180 mil casos identificados, e medidas drásticas de paralisia empresarial e confinamento de cidadãos na maior parte do país, os indicadores macroeconômicos começam a mostrar um impacto econômico que tanto o governo como o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) tentaram amortecer através de medidas fiscais e monetárias.
Nesta terça-feira, foram divulgados os números da confiança dos consumidores, fornecidos pela Conference Board, que mostram uma queda acentuada de 132,6 pontos em fevereiro para 120 neste mês "devido à deterioração das perspectivas a curto prazo", como explicou uma de suas diretoras, Lynn Franco.
"A intensificação da Covid-19 e a extrema volatilidade nos mercados financeiros aumentaram a incerteza sobre as perspectivas para a economia e o emprego. A queda de confiança em março está mais em linha com uma contração severa do que um 'choque' temporário, e mais declínios certamente virão", advertiu.
Nestes três meses, o Dow Jones recuou 23,20% em valor, tendo o pior trimestre desde 1987. O S&P 500 caiu 20%, a maior perda desde a crise de 2008, e o Nasdaq, 14,18%.
No horário de fechamento da bolsa, o rendimento dos treasuries com vencimento em 10 anos diminuía para 0,669%, e a onça do ouro caía para US$ 1.591.
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