Emblemático bar LGBT de Nova York, Stonewall Inn pede ajuda para não fechar
"Como muitas famílias e pequenos negócios em todo o mundo, o Stonewall Inn está lutando. Nossas portas estão fechadas há mais de três meses para garantir a saúde e a segurança dos clientes, dos funcionários e da comunidade", informou o site oficial do estabelecimento.
Distúrbios ocorridos entre clientes do Stonewall e policiais em 1969 estimularam o histórico movimento de direitos civis para os homossexuais.
O ano de 2020 marca o 50º aniversário da primeira marcha do orgulho gay, realizada em Nova York em 1970. Um ano antes ocorreu a "rebelião de Stonewall", na qual os clientes resistiram à polícia durante um tumulto noturno, desencadeando várias noites de protestos contra a brutalidade policial em relação aos homossexuais.
"Pedimos que nos ajudem a salvar o Stonewall porque enfrentamos um futuro incerto e precisamos do apoio da comunidade", diz a nota em que os proprietários do bar ressaltam que a recuperação será demorada.
O bar lançou uma campanha através do site "Gofundme" em abril, com o objetivo de angariar US$ 60 mil, mas só arrecadou US$ 23 mil. Em uma segunda campanha, iniciada em 13 de junho com o objetivo de alcançar US$ 50 mil, a meta foi atingida nesta quarta-feira.
O Stonewall, que trocou de comando diversas vezes, abriu as portas em 1967 como um negócio "privativo", como eram conhecidos os lugares frequentados por homossexuais.
Entre 1934 e 1964, foi uma mistura de bar e restaurante com o mesmo nome, mas acabou fechando após um incêndio que destruiu o interior. Os novos proprietários se limitaram a pintar as paredes e janelas de preto antes de reabrirem o local.
Após vários fechamentos e aberturas ao longo dos anos, o estabelecimento foi reaberto em 2007 pelos atuais proprietários, que promoveram, além do aspecto comercial, o lado simbólico do local e o ativismo da luta pelos direitos LGBT.
A cidade de Nova York cancelou todos os eventos públicos ligados à celebração do orgulho gay, incluindo a grande marcha, que estava agendada para o próximo fim de semana. No entanto, a união de grupos ativistas Reclaim Proud insiste em sair às ruas no próximo domingo, apesar da pandemia de Covid-19.
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