Governo do Reino Unido proibirá operadores de adquirir tecnologia da Huawei
Em uma audiência na Câmara dos Comuns, o ministro de Cultura, Digital, Esportes e Meio de Comunicação, Oliver Dowden, disse que toda a infraestrutura aportada pela Huawei será eliminada do território britânico até 2027.
O integrante do governo comunicou a medida após uma reunião do Conselho de Segurança Nacional - formado por alguns ministros e pelo advogado do Estado -, que anulou outra decisão de janeiro que autorizava a Huawei a ter acesso à partes não estratégicas da rede 5G, ao considerar que poderia ser um risco.
Dowden explicou hoje que as circunstâncias mudaram e o Conselho levou em consideração a sanção imposta pelos Estados Unidos, em meio a guerra comercial com a China, de restringir a venda de chips de fabricação americana ao país asiático, o que colocaria em risco a cadeia de distribuição.
De acordo com o ministro, as medidas adotadas pelos EUA "limitam a capacidade da Huawei de produzir produtos importantes", o que criaria incerteza quanto ao fornecimento. Segundo o titular da pasta, o Reino Unido não tem confiança para poder garantir a segurança de um futuro equipamento 5G da Huawei.
"Para sermos claros, a partir do fim deste ano, os operadores de telecomunicações não devem comprar nenhum equipamento de 5G da Huawei. Quando for aprovada a lei de segurança nas comunicações, será ilegal fazer isso", afirmou Dowden.
O integrante do governo explicou que a exclusão da companhia chinesa do processo atrasará de 2 a 3 anos o desenvolvimento da rede de alta velocidade no país, além disso, aumentará o custo em cerca de 2 bilhões de libras (R$ 13.5 bilhões).
Nos últimos dias, alguns dos principais operadores britânicos, entre eles, a Vodafone e a BT, advertiram que a eliminação dos equipamentos da Huawei das redes britânicas teria alto custo e poderia resultar em cortes de sinal.
O governo do Reino Unido, no entanto, decidiu avançar com a ideia, após pressão dos EUA, que sustenta que a companhia tem relação com espionagem e sabotagem feita pela China, o que regime de Pequim nega.
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