Governo da Rússia nega ligação com ataques contra pesquisadores britânicos
Moscou, 16 jul (EFE).- O governo da Rússia negou nesta quinta-feira que agências de inteligência do país estejam ligados a ataques cibernéticos que foram denunciados por pesquisadores que trabalham no desenvolvimento de vacinas contra o novo coronavírus.
"Não temos nenhuma informação sobre quem poderia ter atacado empresas farmacêuticas e centros de investigação do Reino Unido", afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, segundo a agência de notícias estatal "TASS".
"Podemos dizer só uma coisa: a Rússia não tem nada a ver com esses ataques. Não aceitamos essas acusações, como também não aceitamos as acusações sem fundamento sobre interferências nas eleições de 2019", completou.
O Centro Nacional de Cibersegurança do Reino Unido (NCSC), emitiu um alerta nesta quinta-feira de que hackers ligados a agências russas de inteligência têm como alvo cientistas britânicos que trabalham no desenvolvimento de uma possível vacina.
Em comunicado conjunto com a agência de segurança nacional dos Estados Unidos e a autoridade de cibersegurança do Canadá, o NCSC indicou que os ataques fazem parte de uma campanha global do grupo APT29, que busca roubar segredos da busca pela vacina.
O grupo, também conhecido como "The Dukes" (Os Duques) e "Cozy Bear" (Urso Acolhedor), é formado por 'hackers' que teriam ligações com o governo russo.
Mais cedo, o diretor-geral do Fundo de Investimentos Diretos da Rússia, Kirill Dmitriev, afirmou que não faz sentido roubar informações sobre a vacina britânica, porque uma empresa do país já negocia os direitos de produzir que está sendo produzida por especialistas da Universidade de Oxford.
Hoje, o próprio Dmitriev revelou que há possibilidade da Rússia disponibilizar, antes de outubro, a primeira vacina contra o novo coronavírus, em massa.
O diretor-geral do Fundo de Investimentos explicou que a vacina prevê duas injeções, com a segunda acontecendo 20 dias depois da primeira. A imunidade para o novo coronavírus que provoca a covid-19 seria de, aproximadamente, dois anos.
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