Economia da China crescerá 1,6% neste ano, aponta Banco Mundial
A economia da China crescerá 1,6% este ano, mas voltará ao ritmo anterior à pandemia em 2020, com expansão de 7,9%, de acordo com as projeções atualizadas em relatório do Banco Mundial (BM) divulgado hoje.
Embora a previsão para este ano represente o menor crescimento desde 1976, avançar 7,9% em 2021 significaria a alta mais rápida desde 2012.
O Banco Mundial considera que as condições econômicas mudaram desde o início da pandemia da covid-19, já que o impacto da doença provocada pelo novo coronavírus e as medidas para conter o patógeno "provocaram um choque combinado na demanda e na oferta".
"Embora as restrições de oferta tenham diminuído, a demanda fraca interna e externamente continua a atrapalhar o ritmo da recuperação, apesar das medidas tomadas para conter o desastre econômico", afirma o comunicado emitido pela agência.
O Banco Mundial alerta que, além da recuperação da atividade econômica, o crescimento da renda familiar e a taxa de eliminação da pobreza desacelerarão. Isso significaria entre 8 e 20 milhões a menos de pessoas subindo de vida, diante do que era esperado antes da pandemia.
"Embora os riscos estejam sendo excepcionalmente altos, com boas políticas, eles podem ser parcialmente reduzidos", explicou o diretor do Banco Mundial na China, Martin Raiser.
Para Raiser, a China deve apostar na reorientação da economia para um crescimento "mais inclusivo, sustentável e verde", já que a pandemia da covid-19 expôs fraquezas econômicas, sociais e ambientais profundamente conectadas.
"A recuperação oferece uma oportunidade para acelerar o progresso em direção a essas metas", disse o representante da instituição no país asiático.
O Banco Mundial considera dois fatores principais para a recuperação: a covid-19, cujos surtos podem comprometer a atividade econômica, e as tensões da China com seus parceiros comerciais, especialmente os Estados Unidos.
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