Mourão: Brasil não deve deixar questão amazônica travar acordo Mercosul-UE
O acordo político entre os blocos sul-americano e europeu, anunciado em junho de 2019 após duas décadas de negociações, foi interrompido em agosto do mesmo ano, quando países como a França criticaram a gestão ambiental do governo Jair Bolsonaro.
Recentemente, a Holanda, um dos 27 integrantes da UE, adotou uma resolução no Parlamento se opondo à ratificação do pacto, entre outras razões, por causa do desmatamento ilegal na Amazônia.
"Temos que fazer o trabalho junto aos parlamentos de diferentes países para que ratifiquem o tratado. É óbvio que o Brasil é uma potência agrícola. Hoje nós alimentamos mais de um bilhão de pessoas no mundo com tendência a avançar cada vez mais. É o nosso 'hard power'. Nós somos um competidor imbatível em itens como a soja, o milho, a carne, a proteína animal do boi, do porco, do frango e outros itens da nossa pauta, como frutas, frutas cítricas, suco de laranja. E isso é uma ameaça aos produtores locais da Europa, que vão fazer sua pressão", disse Mourão em entrevista à Agência Efe.
"O tema ambiental surge como uma válvula de escape. Então vai competir a nós deixarmos claro que a questão ambiental amazônica não está inserida nessa nossa produção", frisou.
Mourão também destacou a importância de que os parlamentos nacionais dos dois blocos ratifiquem o acordo.
"O período pós-pandemia é um período que eu considero extraordinário para nós entramos num daqueles que é um dos fundamentos do capitalismo e que (o economista Joseph) Schumpeter chamava de destruição criativa. Então, está na hora de a destruição criativa fazer seu trabalho e de todo mundo entender que, se nós não nos unirmos e não avançarmos na implementação desse acordo, que trará vantagem para os dois lados do Atlântico, vamos ficar marcando passo e perdendo mercado ou seremos atropelados por outros players", afirmou.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.