Brasil e Paraguai discutem vias para comércio na fronteira durante pandemia
O ministro paraguaio, Antonio Rivas, declarou aos jornalistas nesta quinta-feira que as conversas estão na fase final e tudo que resta é que o Brasil aceite o protocolo apresentado para que uma espécie de correio terrestre possa começar a operar formalmente entre as cidades vizinhas dos dois países.
As autoridades paraguaias anunciaram em junho um serviço semelhante aos de entrega e comércio eletrônico de fronteira entre os municípios interessados, mas a iniciativa não avançou porque não houve acordo entre os governos, agora obtido.
No Brasil, é necessária a aprovação da Receita Federal, e no Paraguai o mecanismo está sendo promovido pelo governo de Mário Abdo Benítez, com a participação dos Ministérios da Indústria e Comércio, das Finanças e das Relações Exteriores.
"Trouxemos o protocolo sanitário às autoridades brasileiras, que o estão analisando. Uma vez fechado, podemos ter o mecanismo pelo qual o comércio fronteiriço será instalado", afirmou Rivas.
A implementação de algum tipo de mecanismo para reativar o comércio bilateral será uma linha de vida para as economias asfixiadas de Ciudad del Este, a segunda maior cidade do país, Pedro Juan Caballero e Salto del Guairá.
Essas cidades, que fazem fronteira com os estados do Paraná e Mato Grosso do Sul, vivem do intercâmbio comercial com o Brasil, razão pela qual sofrem os efeitos do fechamento da fronteira, embora o transporte de mercadorias não tenha parado desde o começo da pandemia, em março.
A preocupação do governo comandado por Benítez é o aspecto sanitário da situação no Brasil e no departamento do Alto Paraná, cuja capital é Ciudad del Este, e que acumula a maioria dos casos de coronavírus no Paraguai.
Na semana passada, o departamento caiu novamente em uma fase de maiores restrições de circulação diante da curva ascendente de contágio. O número de mortes no vizinho desde março, quando foi detectado o primeiro caso no país, é de 61, com cerca de 5 mil casos.
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