S&P 500 bate 1º recorde desde fevereiro, e Nasdaq renova melhor marca
Ao término das operações na Bolsa de Nova York, o S&P 500 avançou 0,23% e chegou a 3.389,78 pontos, selando uma rápida recuperação que deixou para trás as perdas acumuladas durante a crise da Covid-19 e subindo 54% desde a mínima atingida no dia 23 de março.
Já o índice composto da bolsa eletrônica subiu 0,73%, até 11.210,84 pontos, empurrado pelas valorizações das ações de Amazon (4,09%), Alphabet (2,68%) e Netflix (1,97%), que contribuíram para a segunda nova máxima consecutiva.
O Dow Jones Industrial, principal índice da bolsa nova-iorquina, recuou 0,24%, para 27.777,59 pontos, impactado pelas quedas de Chevron (-2,10%), JPMorgan (-1,38%), UnitedHealth (-1,15%), Home Depot (-1,15%) e Boeing (-1,08%). Entre as 30 empresas cotadas no índice, as maiores altas foram das ações de Nike (1,24%), Apple (0,83%) e McDonald's (0,79%).
Segundo analistas, a recuperação do S&P 500 foi a mais rápida de um bear market (ciclo de baixa) já vista, embora a sociedade e a economia real continuem a sofrer os estragos da pandemia. Foram 126 pregões entre o ponto mais baixo, que marcou o fim do bull market (ciclo de alta) que durava dez anos, e a nova máxima registrada hoje.
Em entrevista ao "Wall Street Journal", o analista Steven Wagner, da Omnia Family Wealth, afirmou que há um "sentimento de euforia" no pregão nova-iorquino, mas que os investidores estão perplexos com a desconexão entre o que está sendo visto nos negócios, nas vidas e nos preços das ações".
O mercado continua dominado pela incerteza sobre um novo pacote de ajuda econômica para lidar com os efeitos da Covid-19, as tensões comerciais com a China e as eleições presidenciais de novembro.
No horário de fechamento da bolsa, a onça do ouro subia para US$ 2.012,60, e o rendimento dos treasuries com vencimento em 10 anos caía para 0,669%.
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