Argentina anuncia apoio de credores para swap de 93,55% de títulos de dívida
"Pelo menos 99% (do valor total) da dívida pública em moeda estrangeira já foi reestruturada sob legislação estrangeira. Isso representa uma adesão total para a troca de 93,55% (dos títulos)", disse o ministro da Economia argentino, Martín Guzmán, em um evento que contou com a participação do presidente do país, Alberto Fernández.
Guzmán ressaltou que a aceitação "massiva" é resultado do processo de diálogo estabelecido nos últimos meses com os credores, aos quais a Argentina apresentou sua primeira proposta de swap em 21 de abril.
De acordo com as chamadas cláusulas de ação coletiva (CACs), a Argentina precisava de níveis mínimos de adesão de 66,6% a 85%, dependendo das diferentes séries de títulos, para considerar a reestruturação aprovada e impor o swap mesmo aos credores que não tivessem dado o consentimento.
Guzmán disse que o swap, que entrará em vigor na próxima sexta-feira, permitirá à Argentina ter um alívio da dívida na próxima década de US$ 37,7 bilhões e que a taxa média de juros que paga pelos títulos emitidos cairá dos atuais 7% para 3,07%.
"Isso coloca a Argentina em uma situação muito mais saudável e sólida hoje", declarou Guzmán, que liderou as negociações com os três maiores grupos de credores, compostos por grandes fundos de investimento.
O ministro elogiou o "apoio internacional muito forte" que recebeu do G20 e do Fundo Monetário Internacional (FMI) durante as conversas, que ele classificou como "complexas e duras".
Além deste swap, a Argentina está se preparando para reestruturar US$ 41,714 bilhões em títulos de sua dívida em dólares sob legislação local.
O governo de Alberto Fernandez também solicitou formalmente na última quarta-feira ao FMI o início de negociações para refinanciar a dívida que o país possui com a organização.
Especificamente, a Argentina está buscando um novo programa de assistência financeira com o FMI que envolveria o reagendamento dos vencimentos de US$ 44 bilhões emprestados pela organização e que o país teria que pagar entre 2021 e 2024. EFE
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