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Reunião da Opep é adiada em 2 dias para mais consultas sobre cortes

01/12/2020 13h14Atualizada em 01/12/2020 15h45

Nursultan, 1 dez (EFE).- A reunião dos ministros que participam da aliança Opep+, que deveria acontecer nesta terça-feira, foi adiada para daqui a dois dias, possibilitando a realização de mais consultas sobre os barris de petróleo que cada um quer bombear a partir de 1º de janeiro.

A alteração da data, ocorrida depois que os produtores não entraram em acordo durante encontro por teleconferência realizado ontem, foi confirmado à Agência Efe pelo Ministério de Energia do Cazaquistão.

"Os participantes do processo de negociação decidiram adiar a reunião da Opep+ para o dia 3", indicou a fonte.

Os ministros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) terminaram a segunda-feira indecisos, após encontro, divididos sobre o nível de bombeamento que deve ser definido para 2021, em meio a um cenário divergente, entre a segunda onda da pandemia da Covid-19 e uma vacina contra o novo coronavírus.

A decisão sobre isso deveria ser tomada nesta terça-feira pela aliança Opep+, formada pelos membros da Opep e por produtores independentes. A falta de consenso e a expectativa por uma negociação longa, fez com que a reunião fosse adiada para quinta.

Os mercados esperam que, pelo menos, seja mantido o corte estipulado para o terceiro semestre deste ano, de 7,7 milhões de barris diários (mbd) de petróleo, que está vigente desde agosto e vale té 31 de dezembro, conforme acordo firmado em abril.

O pacto pretende limitar o bombeamento por dois anos, com um plano escalonado, cuja primeira fase (que foi de maio até julho), supôs a retirada do mercado de 9,7 mbd, cerca de 10% da oferta mundial, antes da redução para os níveis atuais.

A partir de 1º de janeiro, na terceira e última etapa prevista, haverá uma nova moderação, de até 5,7 mbd, o que de fato implica um aumento parcial nas reduções, de 1,9 mbd, que estaria em vigor até abril de 2022.

Segundo o Ministro do Petróleo do Irã, Biyan Zanganeh, embora "alguns membros" estivessem relutantes em continuar com o corte atual, "há um relativo consenso dentro da Opep", para estender a validade.

O integrante do governo iraniano também destacou que Rússia e Cazaquistão têm dúvidas e que este último, em particular, prefere ver o aumento planejado entrar em vigor, pelo menos durante os três primeiros meses.

Por outro lado, uma fonte da Opep disse à agência de notícias russa "TASS", nesta segunda-feira, que "não há consenso entre os Emirados Árabes Unidos, Rússia e Arábia Saudita"

Os Emirados estariam exigindo que todos os países participantes cumprissem plenamente a parte cabida do no acordo, antes de estender o corte, enquanto Moscou prefere restaurar gradualmente a produção a partir de janeiro, e Riad insiste em uma extensão de três meses das restrições de bombeamento atuais.