Agência Europeia de Medicamentos aprova vacina de Pfizer e BioNTech
A aprovação foi dada pelos especialistas da agência, que recebeu no dia 1º de dezembro a solicitação da Pfizer para comercializar a vacina na União Europeia (UE).
Como a entidade já vinha analisando em tempo real os dados sobre a produção, as doses e os testes clínicos desde outubro, foi possível chegar a conclusões em tempo recorde.
A diretora executiva da agência, Emer Cooke, ressaltou em entrevista coletiva que a análise científica dos especialistas "se baseia unicamente na solidez da evidência científica sobre a segurança, qualidade e eficácia da vacina".
Cooke garantiu que todos os estudos realizados, clínicos e não clínicos, "mostram de maneira convincente que os benefícios (de a vacina ser aprovada) são maiores que os riscos".
Segundo ela, o comitê de especialistas em medicamenteos humanos analisou milhares de documentos "com dados adicionais recebidos até esse fim de semana", que incluem dados do teste da vacina em humanos, com a participação de 42 mil voluntários que receberam a vacina ou um placebo, para realizar esta "avaliação independente".
NOVA CEPA.
A diretora declarou que "não há evidências" de que a vacina contra a covid-19 desenvolvida por Pfizer e BioNTech não vá funcionar contra a nova cepa do coronavírus detectada no Reino Unido.
De acordo com Cooke, a última mutação sofrida pelo Sars-CoV-2, dando lugar a uma variante que contagia com mais rapidez, não sofreu mudanças suficientes para tirar o efeito da vacina, mas frisou que é preciso acompanhar as campanhas de vacinação para determinar o alcance da imunidade proporcionada.
Cooke reconheceu que a vacina "só ajudará a lugar contra a pandemia" se todos os europeus "tiveram confiança suficiente na autorização que será concedida" ao imunizante, motivo pelo qual prometeu "transparência aos cidadãos para que possam decidir sobre a vacinação com base nos fatos", e não em teorias da conspiração.
Com esta avaliação, a Comissão Europeia agora pode autorizar, previsivelmente na quarta-feira, o uso da vacina de Pfizer e BioNTech nos 27 Estados-membros, o que permitirá que as autoridades de saúde nacionais iniciem as campanhas de vacinação no dia 27 de dezembro, segundo espera Bruxelas.
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