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Prejuízos de companhias aéreas dos EUA em 2020 chegam a US$ 35 bilhões

01/01/2021 20h22

Nova York, 1 jan (EFE).- A pandemia do novo coronavírus resultou em prejuízos de cerca de US$ 35 bilhões para as companhias aéreas dos Estados Unidos em 2020, segundo estimativas da multinacional de dados financeiros FactSet.

Com isso, a crise global de saúde pôs fim a uma década de lucros registrados no setor com o constante crescimento do transporte aéreo, e também significa a primeira vez que a Southwest Airlines sofreu perdas anuais em seus mais de 40 anos de história.

As ações das companhias aéreas sofreram em 2020 quedas que não eram registradas há muitos anos. As da American Airlines despencaram 45%, o pior dado desde antes de sua fusão com a US Airways, em 2013.

A Delta Air Lines viu seus papéis caírem 31% no mercado de ações em 2020, e os da United Airlines desabarem em 51%, a pior desvalorização desde a crise de 2008. Já os títulos da Southwest sofreram baixa de 14%.

A pandemia forçou as companhias aéreas a reduzirem de tamanho rapidamente, eliminando rotas e deixando centenas de aviões estacionados.

No caso das americanas, as dívidas aumentaram de cerca de US$ 67 bilhões para US$172 bilhões, de acordo com o grupo "Airlines for America".

Apesar destes dados negativos, a FactSet aponta que o transporte aéreo parece ter recuperado bastante terreno desde o início da pandemia, e enquanto em 16 de abril a Administração de Segurança em Transportes dos Estados Unidos (TSA) registrou pouco mais de 95.000 passageiros em aeroportos do país, nos últimos 5 dias de 2020 esse número subiu para mais de 1 milhão de pessoas por dia - mesmo assim, 45% abaixo do registrado no ano anterior.

Até 2021, entretanto, os analistas da FactSet estimam que as companhias aéreas reduzirão suas perdas e que algumas delas, como Southwest, Delta e Alaska registrarão ganhos graças, entre outros fatores, à chegada da vacina contra o coronavírus.