Putin celebra prorrogação de acordo nuclear, mas lança alerta sobre crise
"Sem dúvida, este é um passo em uma boa direção. Contudo, as contradições aumentam de todas as formas, como uma espiral", disse o mandatário, durante discurso no Fórum de Davos.
Ontem à noite, Putin conversou pela primeira vez com o novo presidente dos EUA, Joe Biden, de maneira virtual, pouco depois que o Kremlin anunciou o acordo para estender o tratado nuclear por mais cinco anos.
Ao mesmo tempo em que mostrou otimismo pelo pacto, Putin fez um alerta sobre a situação provocada pela pandemia da Covid-19 e relembrou a crise de 1929, o surgimento do nazismo e a deflagração da Segunda Guerra Mundial.
"Vemos uma crise dos modelos anteriores e dos instrumentos de desenvolvimento econômico, um reforço nas disparidades sociais, tanto em um nível global, como em diversos países", avaliou o presidente da Rússia.
Putin considera que a situação vem provocando "uma brusca polarização social, um aumento do populismo, o radicalismo de direitas e esquerdas, além de outros extremos, assim como um agravamento e um recrudescimento dos processos políticos internos
"Tudo isso repercute, inevitavelmente, no âmbito das relações internacionais. Gera uma fragilização das instituições, multiplicam-se os conflitos regionais e se degrada o sistema de segurança global", afirmou.
O presidente da Rússia ainda considerou que, atualmente, um conflito global pode ser considerado impossível, já que significaria "o fim da civilização", mas admitiu que, se não houver ação, a esse cenário pode se desenrolar de uma maneira "incontrolável".
Putin ainda disse que a principal consequência da pandemia da Covid-19 é o aumento das desigualdades sociais e o consequente aumento do descontentamento da população, algo que considera perigoso ignorar.
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