Presidente da Comissão Europeia admite otimismo exagerado quanto a vacinas
"Fomos muito otimistas com a capacidade de produção e de alguma forma a ciência ultrapassou a indústria", declarou Von der Leyen em uma audiência no Parlamento Europeu sobre a estratégia de vacinação da UE.
Alvo de críticas pelo início lento da imunização e aos atrasos nas entregas das três vacinas aprovadas pela União Europeia, de Pfizer-BioNTech, Moderna e AstraZeneca-Oxford), a alemã passou por uma sabatina do Parlamento Europeu com o apoio antecipado dos principais grupos da casa. Isso porque houve reuniões anteriores a portas fechadas com democratas-cristãos, sociais-democratas e liberais.
Von der Leyen defendeu a compra centralizada de drogas para o bloco através da Comissão Europeia e revelou que seu governo tomou decisões para alterar os problemas que surgiram. Como exemplo, ela citou a criação de um grupo de trabalho para redobrar a produção e - a médio prazo - da Autoridade de Resposta e Preparação para Emergências Sanitárias (HERA) da UE, para se armar para futuras crises sanitárias.
"Uma das falhas tem a ver apenas com 2 moléculas sintéticas. Se tivéssemos apenas mais 250 gramas dessas moléculas, poderíamos produzir mais 1 milhão de vacinas", afirmou a presidente da Comissão Europeia, dizendo que a explicação lhe foi dada pelas farmacêuticas.
"LAMENTO PROFUNDAMENTE".
Em apenas 12 minutos de discurso em mais de 4 horas de debate, e delegando a resposta à Eurocomissária para a Saúde, Stella Kyriakides, Von der Leyen - que leu seu discurso - pediu desculpas especialmente pela crise gerada na Irlanda do Norte em relação ao Brexit, com o mecanismo improvisado de controle de exportação de vacinas, que foi imediatamente corrigido.
"Sim, foram cometidos erros no processo que nos levaram à decisão final. E sim, eu lamento profundamente. Minha Comissão fará o máximo para preservar a paz na Irlanda do Norte", prometeu.
"Estou ciente de que a confiança requer transparência", completou Von der Leyen, em resposta a uma das principais críticas do sistema de compras: a confidencialidade dos contratos com empresas farmacêuticas, dos quais apenas quatro foram publicados e com partes sensíveis censuradas, como o preço das vacinas e os prazos de entrega.
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