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Ernesto Araújo critica "tecnototalitarismo" em discurso na ONU

22/02/2021 23h47

Genebra, 22 fev (EFE).- O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirmou nesta segunda-feira, no Conselho de Direitos Humanos da ONU, o que descreveu como "tecnototalitarismo" voltado a apagar comentários e contas em redes sociais, e pediu medidas globais para combatê-lo.

Araújo também denunciou o "abuso dos algorítmos" nas redes socaiis com o objetivo de controlar conteúdos, assim como "a crescente onda de controle da internet por parte de diversos atores, motivado por razões econômicas e ideológicas".

O ministro pediu que tal situação seja debatida em fóruns internacionais e no próprio Conselho, em um momento em que a informação e a comunicação "estão sendo crescente objeto de censura, controle e ação policial por parte da sociedade", segundo ele.

Nos meses anteriores, redes sociais como Twitter, Facebook e Instagram apagaram publicações do presidente Jair Bolsonaro consideradas desinformação no combate à pandemia de covid-19, como fizeram em janeiro com o então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Também já foram apagadas recentemente publicações de outras figuras públicas e polêmicas, como o ex-prefeito de Nova York e advogado de Trump Rudy Giuliani, e o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.

O ministro brasileiro reconheceu que as novas tecnologias da informação têm um certo "poder disruptivo", mas opinou que a meta agora deve ser criar ferramentas para que possam continuar a fomentar a liberdade e a criatividade.