BM pede que Argentina facilite investimentos e reduza subsídios em energia
"O presidente Malpass enfatizou a importância de complementar as medidas de estabilidade macroeconômica com ações de apoio ao investimento liderado pelo setor privado, incluindo políticas para facilitar a entrada de empresas e expandir o amplo acesso ao crédito", disse o BM em comunicado.
A instituição também reiterou o apoio à Argentina através de "programas de crédito focados nos mais pobres e mais vulneráveis para reverter o aumento da pobreza".
Malpass enfatizou "a necessidade de políticas fiscais e comerciais cuidadosamente projetadas, a redução de subsídios regressivos de energia e o apoio à educação".
A conversa de Malpass e Fernández coincide com a visita a Washington do ministro da Economia argentino, Martín Guzmán, que se reuniu com a diretora gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, e com representantes do próprio BM e do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos.
As autoridades argentinas estão tentando fechar um acordo para refinanciar dívidas com o FMI.
Nesta quarta, a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, disse que, se não for alcançado um acordo com o FMI, o país não terá dinheiro para pagar o empréstimo de US$ 44 bilhões concedido em 2018, e pediu aos Estados Unidos "algum gesto" em favor das negociações.
A agência aprovou em meados de 2008 a concessão de um empréstimo de US$ 56,3 bilhões à Argentina, então governada por Mauricio Macri, após uma forte fuga de capitais que acelerou a desvalorização do peso e causou fortes desequilíbrios na economia do país.
Com a vitória de Fernández sobre Macri nas eleições de outubro de 2019, o novo governo se recusou a aceitar mais recursos do que os US$ 44 bilhões já recebidos e anunciou conversas com o FMI para renegociar as condições do empréstimo.