Central sindical uruguaia pede renda básica emergencial para população
"Se forem adotadas medidas para prevenir a mobilidade, isso tem um impacto no mundo do trabalho. Mantemos as bandeiras da importância da conexão entre as medidas sanitárias que são adotadas e as medidas econômicas", disse o secretário-geral do sindicato, Marcelo Abdala, durante entrevista coletiva.
Nesse sentido, ele destacou que não basta pedir aos cidadãos que fiquem em casa se "eles não têm o que comer".
Por outro lado, Abdala salientou que o PIT-CNT foi atingido pela interrupção abrupta da presença nas escolas enquanto as diferentes atividades comerciais ou empresariais mantêm seu ritmo habitual.
Além disso, mostrou-se insatisfeito com o anúncio do imposto que colocaria servidores públicos com salários mais elevados para o Fundo Coronavírus.
"Mais uma vez, eles insistem em um imposto sobre o segmento dos trabalhadores, enquanto os setores que não deixaram de acumular grandes riquezas continuam sem contribuir com nada", disse Abdala.
Por seu lado, o presidente da central sindical, Fernando Pereira, afirmou que muitas empresas "não estão respeitando os protocolos" e garantiu que os trabalhadores denunciarão isso.
"Concordamos com a manutenção do nosso emprego, desde que a saúde de cada um de nós no mundo do trabalho seja protegida", concluiu.
O presidente Luis Lacalle Pou anunciou na terça-feira uma série de medidas para conter o ressurgimento da primeira onda do novo coronavírus que atravessa o país.
Atualmente, o Uruguai acumula 87.812 casos de coronavírus, dos quais 15.381 estão ativos e 225 pessoas estão em Unidades de Terapia Intensiva.
Desde que a emergência sanitária foi decretada em 13 de março do ano passado, 843 pessoas morreram por Covid-19 no país.