Sindicatos convocam novo protesto contra o governo colombiano para 4ª feira
"Consideramos o anúncio da retirada do projeto da reforma tributária como um triunfo dos milhões de colombianos que se mobilizaram e do apoio majoritário que os cidadãos deram à greve nacional", disse o presidente da Central Unitária de Trabalhadores (CUT) da Colômbia, Francisco Maltés.
O projeto de lei da reforma tributária provocou a indignação popular pela intenção de aumentar os impostos sobre a classe média e dos que menos ganham, e de tributar um IVA de 19% sobre os serviços públicos, e embora o presidente Iván Duque tenha retirado essa iniciativa do Congresso, a tensão continua em pelas ruas, onde distúrbios deixaram pelo menos 16 mortos e mais de 700 feridos, segundo a Defensoria do Povo.
"No entanto, este anúncio a mobilização não foi retirado. O povo, nas ruas, está exigindo muito mais do que a retirada da reforma tributária", acrescentou Maltés, ao ler nota do Comitê Nacional de Greve, que reúne diversas organizações sindicais e sociais.
Nesse sentido, o Comitê expressou "sua decisão e orientação para continuar com a greve e a mobilização nacional", e anunciou que um novo dia de protestos, inicialmente convocado para 19 de maio, foi antecipado para quarta-feira.
Entre os objetivos da nova mobilização estão uma negociação do governo com o Comitê Nacional de Greve para a retirada "do projeto de lei 010 sobre saúde e o fortalecimento da vacinação em massa" contra a Covid-19.
Além disso, também pedem uma renda básica de pelo menos um salário mínimo mensal (cerca de US$ 240), defesa da produção nacional, subsídios para as MPMEs, emprego com direitos, política de soberania e segurança alimentar, educação gratuita e nenhuma alternância educacional por conta da pandemia, entre outras medidas.
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