Em gesto em relação à Rússia, EUA eximem construtora de gasoduto de sanções
O secretário de Estado americano, Antony Blinken, anunciou em comunicado a adoção desta medida "no interesse nacional" dos Estados Unidos, mas também advertiu que o país continua se opondo a esta construção.
O anúncio foi feito pouco após o início da reunião que Blinken teve em Reykjavik, na Islândia, com o chanceler russo, Sergey Lavrov. Este foi o primeiro encontro pessoal entre eles.
De acordo com a nota do Departamento de Estado, o governo americano enviou um relatório ao Congresso nesta quarta com uma lista de empresas, navios e indivíduos que devem ser sancionados por suas ligações à construção do gasoduto Nord Stream 2.
Nessa lista constavam a Nord Stream 2 AG e Warnig, mas Blinken ressaltou no comunicado que os EUA decidiram eximi-los de sanções.
"As ações de hoje mostram o compromisso do governo (do presidente Joe Biden) com a segurança energética na Europa, consistente com o compromisso do presidente de reconstruir as relações com nossos aliados e parceiros na Europa", explicou Blinken no texto.
Entretanto, ele acrescentou que Washington continuará se opondo a este projeto, que, para ele, enfraquecerá a segurança energética da UE, da Ucrânia e dos países da Europa Oriental que pertencem à Otan.
"Nossa oposição ao gasoduto Nord Stream 2 é inabalável. Podemos nem sempre concordar, mas nossas alianças permanecem fortes, e nossa postura está alinhada com nosso compromisso de fortalecer as relações transatlânticas como uma questão de segurança nacional", enfatizou.
Os EUA vão sancionar 13 embarcações ligadas a este projeto.
Em março, o governo Biden apelou a todas as empresas envolvidas na construção do gasoduto para que "imediatamente" abandonassem o projeto, sob ameaça de sanções.
Biden mantém a mesma posição no gasoduto que seu antecessor, Donald Trump, que cobrou as empresas envolvidas no projeto, em sua maioria russas e alemãs, a abandonarem as obras.
Atualmente o gás russo tem que passar pela Ucrânia em seu caminho para os países da UE.
Graças a este projeto, o gás não teria que atravessar o território ucraniano e iria diretamente para a Alemanha.
Na Europa, o gasoduto desperta preocupações em vários países, especialmente os do leste, que consideram que aumenta a dependência no fornecimento de energia à União Europeia (UE) por parte da Rússia.
Para os EUA, o gasoduto Nord Stream 2 aumentará a dependência europeia do combustível russo e prejudicará a segurança e a independência do continente, além de privar a Ucrânia da importante fonte de renda da taxa de trânsito que cobra da Rússia pelo transporte do gás através de seu território.
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