López Obrador promete reabrir em 1 ano linha do metrô que desabou em maio

Cidade do México, 24 jun (EFE).- O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, prometeu nesta quinta-feira que em um ano, no máximo, a linha 12 do metrô estará operando "em sua totalidade e com total segurança", após seu desabamento que deixou 26 vítimas.

"Sou um aval para que em um ano estejamos reinaugurando a obra completa, é o meu compromisso", disse o presidente, durante sua entrevista coletiva matinal no Palácio Nacional.

Ele reiterou às pessoas que utilizam este meio de transporte que dentro de 12 meses a linha estará "funcionando novamente com toda segurança, e é minha palavra".

López Obrador lembrou que está sendo feita uma investigação completa sobre os motivos do acidente ocorrido no dia 3 de maio na Cidade do México e esclareceu que essa medida foi uma iniciativa da prefeita da capital, Claudia Sheinbaum, a quem expressou seu "apoio e respaldo".

O presidente deu sua palavra tanto em relação à reconstrução e reabilitação do sistema de transportes como no que diz respeito à questão judicial.

"As investigações devem continuar, os responsáveis devem ser punidos, as famílias das vítimas devem ser atendidas e os danos reparados", afirmou.

López Obrador indicou que a linha 12 será revista na sua totalidade e reiterou que haverá acordos com as empresas que estiveram envolvidas na construção da obra - Carso, ICA e Alstom (fabricante dos vagões) - que estão dispostas a colaborar.

Ele também disse que o governo federal apoiará, se necessário, com recursos econômicos a reforma da linha 12 e ressaltou que também está sendo visto se as empresas vão colaborar com alguma quantia.

E sublinhou que Carlos Slim - do Grupo Carso - é "um homem responsável e um empresário com dimensão social" e por isso terão todo o seu apoio.

A tragédia em que 26 pessoas morreram e cerca de 100 ficaram feridas ocorreu na noite do dia 3 de maio, quando uma ponte elevada da linha 12 desabou no distrito de Tláhuac, no sudeste da capital mexicana, causando a queda de um trem com passageiros.

Recentemente, a empresa norueguesa DNV apresentou o primeiro dos seus três relatórios sobre as causas do acidente em que apontava "falhas estruturais" relacionadas com a construção.