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Argentina confia em vacinas e nova lei para criar 250 mil empregos no Turismo

01/12/2021 06h44

Madri, 30 nov (EFE).- O governo da Argentina depende de fatores como a vacinação, a taxa de câmbio do peso e uma lei de investimentos a ser enviada ao Congresso para criar mais de 250 mil empregos no turismo até 2025, compensando os 100 mil postos perdidos devido à pandemia da Covid-19.

O projeto legislativo prevê isenções fiscais, incluindo um abatimento fiscal para aqueles que investem na Argentina, para atrair capital estrangeiro, segundo informações passadas à Agência Efe pelo ministro de Turismo e Esportes da Argentina, Matías Lammens.

GUINADA.

Antes da pandemia, o turismo representava quase 10% do PIB da Argentina, com 7 milhões de viajantes estrangeiros, 65% deles de países vizinhos. Entretanto, a crise sanitária e econômica fez com que o país perdesse mais de US$ 3 bilhões até 2020.

"Em março do ano passado, após o surgimento do surto de coronavírus e o início do confinamento rigoroso, foi necessário redesenhar rapidamente todos os planos, dar uma guinada e alocar todo o orçamento de promoção turística para sustentar a indústria", lembrou Lammens.

O ministro recordou que havia milhares de empresas e milhões de trabalhadores que ganhavam a vida com o setor de turismo e, de repente, ficaram com zero de rotatividade e sem trabalho.

"Por essa razão, o turismo para a Argentina é um dos setores estratégicos para o desenvolvimento nos próximos anos, e foram investidos mais de 100 bilhões de pesos, não apenas apoiando as pequenas e médias empresas, através do pagamento de uma certa porcentagem dos salários, mas também através de uma ferramenta, a Previaje", explicou.

É um sistema pelo qual o Estado reembolsa ao usuário até 50% do valor total pago pelo turismo doméstico para que ele possa gastá-lo novamente no setor. "Um círculo virtuoso", destacou.

VERÃO É ESPERANÇA.

Lammens está confiante na vacinação, sem esquecer a preocupação com os riscos das novas variantes do coronavírus, com mais de 65% da população tendo recebido duas doses e um nível "muito baixo" de internações e mortes, e sem relaxar as medidas preventivas de higiene.

Tudo isso, segundo ele, permite uma certa previsibilidade, um baixo nível de restrições sociais e praticamente uma abertura total da economia, além de ter ocorrido a reabertura do país recentemente.

O ministro elogiou os altos níveis de reservas e ocupação dos hotéis durante os longos finais de semana de outubro e novembro, ainda mais altos do que o período pré-pandemia.

"Para nós, está começando a temporada de verão, que acreditamos será recorde", prevê o responsável pela pasta de Turismo, não apenas acima dos níveis de antes da crise sanitária, mas acima dos últimos dez anos. Há também grandes expectativas para a chegada de turistas estrangeiros devido, entre outras razões, a um plano de promoção "muito agressivo".

"Há uma enorme oportunidade para a Argentina nesse sentido, além de suas maravilhas naturais como as Cataratas do Iguaçu, a geleira Perito Moreno, Buenos Aires e muitos destinos emergentes, e a verdade é que a taxa de câmbio nos favorece e a Argentina se tornou um destino barato para os turistas europeus", analisou. EFE