Santander adverte sobre "volatilidade" de investimentos no Brasil para 2022
"O maior desafio que os investidores enfrentarão no próximo ano será um cenário de volatilidade", disse Carlos André, CEO da Santander Asset Management Brasil, em encontro com jornalistas.
O executivo advertiu que nesta reta final de 2021 há uma "trajetória de maior percepção de risco" que deve continuar em 2022, quando as eleições serão realizadas em um ambiente altamente polarizado.
A eleição é apresentada como um "componente forte" que "deve trazer volatilidade para o bem ou para o mal", o que dependerá da agenda econômica apresentada por cada candidato, "independentemente de seu nome ou partido político", de acordo com a análise de André.
Dependendo de como o mercado interpretar os planos econômicos do vencedor das eleições, André não descarta um último trimestre de 2022 com um mercado financeiro funcionando a plano vapor.
Ele acredita que um dos pontos que podem marcar um divisor de águas é a questão da política fiscal e de como o novo governo vai abordar esta situação, num contexto de "fragilidade" das contas públicas do país.
Além das eleições e do risco fiscal, outros fatores que podem trazer volatilidade, segundo André, são a alta inflação, que fechará 2021 em dois dígitos, com um declínio esperado em 2022, mas ainda acima da meta oficial, e, como consequência, uma taxa básica de juros (Selic) ainda mais alta.
André também citou o fraco crescimento da economia brasileira para 2022, que será de 0,5%, de acordo com a previsão do Santander, sem esquecer o fator pandemia, que ainda pode gerar "alguma volatilidade". EFE
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