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Controlada pelo Santander, fintech Ebury compra o banco Bexs

Santander - Matthew Horwood / Getty Images
Santander Imagem: Matthew Horwood / Getty Images

11/05/2022 21h46Atualizada em 11/05/2022 21h54

A fintech Ebury, controlada pelo Grupo Santander, assinou nesta quarta-feira um contrato para adquirir a totalidade do Bexs Banco, especializado em operações de câmbio, e do Bexs Pay, que oferece serviços de pagamentos, para expandir sua atuação no Brasil, país que considera a porta de entrada para a América Latina.

A operação foi explicada pela instituição financeira com sede em Londres em comunicado, no qual detalha que a integração entre as duas fintechs permitirá ampliar a oferta de soluções de transferência internacional de dinheiro para pequenas e médias empresas (PMEs) e de serviços digitais para empresas que vendem seus produtos no Brasil pela internet.

A tecnologia utilizada pelo Bexs, que em 2021 ultrapassou US$ 3,89 bilhões em operações de câmbio, permitirá a gestão de grandes fluxos de pagamentos feitos do exterior para o Brasil, bem como a abertura de contas em outros países por meio da Ebury, habilitando pequenas empresas a realizar transações diretamente na moeda de cada mercado.

"O Bexs é uma empresa mais tecnológica do que financeira, capaz de combinar soluções escaláveis em nível mundial, com profunda experiência em regulação de divisas. A associação com a Ebury abrirá uma carteira de potenciais clientes em outros mercados", destacou em nota o presidente do Conselho de Administração da Ebury e ex-presidente do Santander Brasil, Sérgio Rial.

"Além disso, sua tecnologia única e seu modelo de negócios para pagamentos em massa podem ser replicados em outras geografias. As possibilidades de sinergia são quase ilimitadas", acrescentou Rial.

Por sua vez, o diretor comercial da empresa presente em 20 países, Fernando Pierri, destacou que o Brasil é "a porta de entrada" da Ebury para a América Latina, por ser o único país da região onde atua, após abrir em 2021 seu primeiro escritório em São Paulo.

"O Brasil ainda está muito fechado ao comércio exterior, mas vem mudando rapidamente, buscando acelerar sua internacionalização. O país assinou acordos de livre comércio, como o com a União Europeia, e também está aprimorando sua regulamentação cambial. Tudo isso impulsionará a demanda por divisas e contas no exterior", comentou.

A aquisição do Bexs, cujo valor é confidencial, ainda está sujeita à aprovação das autoridades. Em seguida, a fintech, fundada em 1989, passará a integrar a estrutura da Ebury, mas seu atual CEO, Luiz Henrique Didier Júnior, permanecerá no comando das operações no país.

A Ebury é responsável por um fluxo de US$ 23 bilhões em transações entre empresas a cada ano e se consolidou como uma das maiores fintechs do mundo em transações internacionais para PMEs.

A empresa foi fundada em Londres em 2009 pelos espanhóis Juan Lobato e Salvador García.