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Gazprom reduz fornecimento de gás à Europa através do gasoduto Nord Stream

15/06/2022 15h35

Moscou, 15 jun (EFE).- A maior empresa de energia da Rússia, Gazprom, anunciou nesta quarta-feira que vai reduzir ainda mais o fornecimento de gás para a Europa através do gasoduto Nord Stream, para 67 milhões de metros cúbicos por dia a partir de amanhã, alegando que teve que parar as operações de outro motor de uma turbina da empresa alemã Siemens.

"Como o tempo estipulado entre as revisões foi excedido (...), a Gazprom está paralisando a operação de outro motor de turbina a gás da Siemens na estação de compressão de Portovaya, na região de Leningrado", disse a companhia russa em comunicado.

Segundo a Gazprom, "a produção diária em Portovaya a partir de 1h30, horário de Moscou (19h30 de Brasília) a partir de 16 de junho será de até 67 milhões de metros cúbicos por dia".

O conglomerado russo garantiu há 24 horas um fornecimento de gás de até 100 milhões de metros cúbicos por dia. Antes, o volume diário planejado era de 167 milhões de metros cúbicos por dia. A empresa liderada por Alexei Miller já havia anunciado uma redução de 40% no volume de gás que fornece à Europa via Nord Stream - para 100 milhões de metros cúbicos - devido ao atraso nos reparos por parte da Siemens, que se juntou às sanções ocidentais contra a Rússia.

A Gazprom disse ontem que a Siemens não conseguiu entregar equipamentos de bombeamento reparados dentro do prazo, os prazos de serviço foram excedidos e falhas técnicas foram detectadas nos motores, e o número de unidades compressoras em Portovaya foi reduzido para três.

O grupo industrial e de tecnologia alemã Siemens anunciou em meados de maio que estava deixando o mercado russo como resultado da guerra na Ucrânia e começou a suspender suas operações e atividades industriais. Segundo a empresa, sanções internacionais e possíveis contramedidas afetam suas atividades na Rússia, especialmente os serviços ferroviários e de manutenção.

A Alemanha disse ontem que a segurança do fornecimento está garantida, após o primeiro anúncio de redução por parte da Gazprom. Hoje, a Comissão Europeia (CE) concordou com essa avaliação.

"Não há indicações de risco para a segurança do abastecimento", disse o porta-voz de Energia do bloco europeu, Tim McPhie, em entrevista coletiva. EFE