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Ucrânia anuncia que começará a exportar grãos por mar esta semana

25/07/2022 17h10

Lviv (Ucrânia), 25 jul (EFE).- O ministro da Infraestrutura da Ucrânia, Oleksandr Kubrakov, anunciou nesta segunda-feira que seu governo espera que as exportações de cereais por via marítima, bloqueadas devido à guerra, sejam retomadas esta semana.

A saída de navios dos portos ucranianos do Mar Negro ocorrerá no âmbito do acordo assinado em 22 de julho em Istambul, destacou o ministro durante um pronunciamento em Kieb, citado pela agência "Interfax".

Segundo suas estimativas, a reabertura dos portos permitirá exportações mensais de cerca de 3 milhões de toneladas, o que trará à Ucrânia uma receita adicional de US$ 1 bilhão.

Kubrakov indicou que o centro de coordenação que será criado em Istambul para supervisionar a operação do corredor humanitário para a saída de grãos começará a funcionar na quarta-feira, 27 de julho.

No entanto, suas funções não se estenderão às águas territoriais ucranianas, nas quais, segundo disse, "só as autoridades ucranianas terão competência para gerir e garantir todos os processos".

Os trabalhos de desminagem serão realizados exclusivamente nos corredores criados para permitir a saída dos carregamentos de cereais e todas as embarcações serão acompanhadas por navios do Ministério das Infraestruturas, acrescentou.

Por sua vez, o vice-ministro de Infraestrutura, Yuri Vaskov, afirmou que, se tudo correr conforme o planejado, o primeiro carregamento de grãos sairá esta semana do porto de Chornomorsk, na região de Odessa.

"Em seguida serão o porto de Odessa e o porto deYuzhnyi", afirmou, assegurando que dentro de duas semanas o ministério estará tecnicamente pronto para exportar de todos os terminais dos três portos em questão.

O acordo assinado na semana passada, sob os auspícios das Nações Unidas e da Turquia, prevê a criação de um corredor marítimo para aliviar a crise alimentar causada pelo bloqueio russo aos portos ucranianos no Mar Negro.

No entanto, após os ataques lançados no sábado contra o porto comercial de Odessa, a Ucrânia acusou a Rússia de "cuspir na cara" da ONU e da Turquia e disse que a Rússia deve assumir "total responsabilidade" se o acordo for quebrado. EFE