EUA acusam Rússia de usar usina nuclear ucraniana como base militar
"A Rússia está usando esta usina como base militar para disparar contra os ucranianos, sabendo que (os ucranianos) não podem e não vão devolver o fogo, porque podem atingir um reator nuclear ou resíduos altamente radioativos armazenados", disse Blinken em discurso na sede das Nações Unidas.
"Isso leva o conceito de usar um escudo humano a um nível totalmente diferente e horrendo", criticou o chefe da diplomacia americana, que representou seu país na abertura de uma conferência para revisar o Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP).
Blinken também disse que a invasão russa da Ucrânia, além de uma grave violação da lei internacional, é um ataque direto ao sistema de não proliferação atômica, indo contra as garantias de segurança que Moscou havia dado a Kiev em 1994 para que se desfizesse do arsenal nuclear herdado da União Soviética.
Segundo declarou, este movimento lança "a pior mensagem possível" para todos aqueles países que estão pensando se precisam de armas atômicas para se proteger.
Blinken também acusou o presidente russo, Vladimir Putin, de usar as armas nucleares de seu país para dissuadir outros de se envolverem no conflito ucraniano.
Na visão de Blinken, os EUA - que, juntamente com a Rússia, é o país com mais armas nucleares - continua empenhado em reduzir seu arsenal e garantir que este tipo de arma não volte a ser utilizado.
Nesse sentido, destacou o acordo que, após apenas duas semanas no poder, o presidente Joe Biden chegou com Putin para estender o tratado Novo START até 2026 e sua disposição de negociar o quanto antes um novo texto para substituir este pacto que limita o número de armas nucleares estratégicas dos dois países.
Blinken ressaltou ainda que a conferência de revisão do TNP acontece em um "momento-chave", entre outras coisas por causa da ameaça que representa o programa nuclear da Coreia do Norte e enquanto se tenta negociar com o Irã um retorno ao acordo atômico de 2015, do qual os EUA saíram durante o governo de Donald Trump.
Segundo o secretário de Estado americano, a recuperação desse pacto "continua a ser o melhor resultado para os Estados Unidos, para o Irã e para o mundo". EFE
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