Ministério da Fazenda diz que lamenta prisão de membro do tribunal da Receita
Brasília - O Ministério da Fazenda divulgou, na tarde desta quinta-feira (7), uma nota afirmando que a direção do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) lamenta a prisão de um de seus conselheiros. O alvo da Operação Mãos Limpas da Polícia Federal (PF), realizada na noite de quarta-feira (6), foi o conselheiro orador do processo de fusão do Itaú com o Unibanco, João Carlos Figueiredo Neto.
A operação foi deferida judicialmente pela 12ª Vara Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal,
"A direção do órgão lamenta o ocorrido e reafirma o compromisso com a defesa da ética e da integridade institucional e aguarda ser oficialmente notificada dos fatos investigados para analisar os impactos e as medidas a serem adotadas, inclusive as correcionais, previstas na Lei nº 8.112/90 e no Regimento Interno do Carf", aponta o documento.
A nota também destaca que o órgão tem adotado medidas para corrigir "vulnerabilidades".
"O Carf, que passa neste momento por amplo processo de reestruturação visando fortalecer a governança do órgão e vem adotando medidas para corrigir as vulnerabilidades apontadas pela Operação Zelotes, coloca-se, desde já, à disposição dos órgãos de investigação para prestar os esclarecimentos necessários às investigações em curso", disse o Ministério.
Conduta inadequada
Em nota divulgada nesta quinta-feira (7), o Itaú Unibanco afirma que o banco foi "vítima de conduta inadequada de Conselheiro do Carf", que, segundo a empresa, solicitou vantagens para beneficiar o banco em julgamento de caso de seu interesse.
"Dados os princípios éticos e de transparência que norteiam nossa atuação, voluntariamente reportamos os fatos às autoridades competentes, que passaram a monitorar as atividades do Conselheiro, culminando em sua prisão no dia de ontem. Com essa atitude, esperamos ter contribuído com a identificação de conduta contrária à ética e à lei", diz a banco.
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