Justiça trava negócios do grupo J&F Investimentos
Na operação, deflagrada ontem pela PF ontem, Ricardo Augusto Leite ainda proibiu o grupo de realizar abertura de capital de qualquer empresa do grupo no Brasil ou no exterior. A decisão afeta principalmente a JBS, a principal empresa do grupo e a maior companhia de carnes do mundo, que tinha planos de lançar ações de uma de suas subsidiárias, a JBS Foods International.
A suspeita dos investigadores é que a proliferação de empresas seria uma forma de blindar o patrimônio. O juiz também determinou o bloqueio dos bens da família Batista.
O grupo J&F é um conglomerado empresarial, que faturou em 2015, último dado disponível, R$ 175 bilhões. Um salto extraordinário em dez anos, levando em conta que, em 2007, a JBS, que era a principal empresa do grupo, faturava R$ 14 bilhões. Seus negócios hoje se espalham por 30 países, com 260 mil colaboradores.
Essencialmente, o comando do grupo é da família Batista, dividido entre os dois irmãos. O irmão mais velho, José Batista Júnior, se desligou oficialmente do grupo. Wesley Batista está à frente da JBS e o caçula Joesley Batista comanda a holding J&F.
Entre a fundação, em 1953, até o meados dos anos 2000, foi essencialmente um frigorífico, batizado de Friboi - nome que permanece como sua principal marca, reconhecida pelas propagandas do ator Tony Ramos. Foi ainda em meados de 2000 que a empresa deu os primeiros passos no setor de higiene e limpeza.
Após a abertura de capital, em 2007, e a conquista de aportes públicos, do BNDES e também da Caixa Econômica Federal, o grupo não apenas se tornou dono da maior empresa de carnes do mundo, como também entrou num intenso processo de diversificação. Controla a empresa de celulose Eldorado Brasil; Vigor, do setor de leite e derivados; Alpargatas, maior empresa de calçados e vestuário da América Latina; o Banco Original e a Âmbar, no setor de energia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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