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Objetivo é votar reforma na última semana de maio ou primeira de junho, diz Temer

Reprodução/Twitter/AgoraNoPlanalto
Imagem: Reprodução/Twitter/AgoraNoPlanalto

Luci Ribeiro, Thais Barcellos e Bianca Ribeiro

Brasília

15/05/2017 10h33

O presidente da República, Michel Temer, disse nesta segunda-feira (15) em entrevista a rádios regionais, que o governo apreciaria votar o mais rápido possível a reforma da Previdência. Mas, segundo ele, só é possível levar o assunto a plenário quando o Palácio do Planalto conseguir no mínimo 320 votos favoráveis à matéria.

Com isso, Temer estimou que a votação em primeiro turno na Câmara só deve ocorrer no fim do mês ou início de junho. "Você só leva para o plenário se tiver 320, 330 votos garantidos para assegurar os 308 necessários. Então, qual é o objetivo? Talvez na última semana de maio, talvez na primeira semana de junho, você consiga votar o primeiro turno na Câmara dos Deputados", disse.

Sobre o projeto de reforma da Previdência, você:

Resultado parcial

Total de 152036 votos
19,00%
54,05%
24,61%
0,78%
1,56%

Valide seu voto

Durante a entrevista, o presidente foi questionado também se a proposta de reforma da Previdência teria passado do ponto, ao que ele respondeu que sabia que haveria objeções. "O Congresso é que vê se esta de acordo ou não com a proposta, que foi feita para durar 30 anos.

O relator trouxe as mudanças e eu disse: vamos negociar", explicou, citando mais uma vez que o Congresso é parceiro do seu governo. Na avaliação dele, melhor aprovar uma reforma que vai permitir uma economia de R$ 600 bilhões do que não ter nenhuma economia.

Ele também reafirmou que, do jeito que o projeto da reforma da Previdência está atualmente, será preciso uma atualização daqui a dez anos, mas minimizou a questão dizendo que é um trâmite normal de propostas que revisam as regras da aposentadoria.

Lava Jato

O peemedebista voltou a negar a influência negativa que as citações de ministros no âmbito da Lava Jato podem ter sobre a votação da reforma da Previdência. Segundo ele, um número infindável de pessoas foram mencionadas em delações, mas a operação está "prestando um benefício ao país".

Citando o caso da ex-presidente Dilma Rousseff, em especial a denúncia de que o cabeleireiro de Dilma era pago "por fora", Temer disse que não se pode culpá-la imediatamente. "Eu entendo a revolta popular, mas precisamos que o judiciário examine isso. Não se pode incriminá-la."

Desemprego

"O objetivo do governo é combater o desemprego", reforçou citando ações como a liberação dos fundos inativos do FGTS, que estimula o comércio e a geração de vagas, a renegociação da dívida dos pequenos agricultores, como forma de alimentar o emprego na área rural, e o cartão reforma e a construção de casas do "Minha Casa, Minha Vida", que estimula também a atividade de o mercado de trabalho na construção civil.

Sobre investimentos, Temer citou os quatro aeroportos "rapidamente concedidos" junto a várias empresas estrangeiras, que devem gerar vagas locais, assim como dois portos privatizados, leilões de linhas de transmissão e de campos de petróleo. "Iniciativa privada vai gerar emprego com isso."

Encerrando a entrevista, Temer disse que é preciso otimismo. "Estamos passando por dificuldades, sobretudo quem está desempregado, mas contem como nosso empenho no governo", disse apelando para o "plano espiritual" e "correntes de energia favoráveis" para melhorar as condições do país.