BNDES está líquido e de portas abertas para infraestrutura, diz Dyogo
Oliveira falou da intenção do governo de aumentar o financiamento privado na economia, mas afirmou que isso será gradual. "O BNDES e os bancos públicos estão orientados a financiar o setor privado. Não vamos fazer uma transição abrupta", disse ele.
Ainda sobre o BNDES, o ministro afirmou que o banco está adotando uma série de ações para agilizar os projetos. Oliveira ressaltou que será uma "transição assistida" e o governo pretende criar produtos próprios para esse processo. "Estamos desenvolvendo diversos instrumentos."
O ministro afirmou logo no início de sua apresentação que o governo está implementando "amplo processo" de ajustamento da economia brasileira, que se baseia em maior transparência e na clareza fiscal.
"O Brasil está gastando com previdência 13,1% do PIB. Isso é comparável a países como França, Alemanha", disse o ministro. Segundo ele, a reforma da Previdência é que vai permitir que se abra mais espaço para o governo poder olhar para outras despesas.
Oliveira disse que é preciso triplicar o investimento em infraestrutura, mas para isso é preciso resolver primeiro o problema fiscal. "A estratégia do governo é ampliar participação do setor privado na infraestrutura", disse ele.
ABGF
A Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias (ABGF) está desenvolvendo produtos para reduzir o risco cambial dos projetos de infraestrutura, principalmente para setor de rodovias, de acordo com Dyogo Oliveira. São soluções, conforme ele, diferentes da desenvolvida para os leilões de aeroportos, cujo risco cambial foi minimizado com a outorga, que serviu como um colchão na questão do hedge.
"A ABGF está avançando rapidamente. Estamos desenvolvendo outros produtos que serão colocados para setor que não haja outorga, como rodovias, o principal deles", disse o ministro, durante o evento da Abdib.
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