Esforço feito na área econômica não pode ser perdido, avalia Febraban
"Temos um momento político difícil, mas não podemos permitir que todo esforço feito na área econômica seja perdido", disse Portugal. O esforço para aprovar as reformas devem ser mantidos, incluindo a da Previdência. "Elas já eram necessárias antes e continuarão a ser necessárias", acrescentou.
De acordo com Portugal, o Congresso Nacional prestaria serviço relevante ao País, se não paralisasse as reformas.
Juros
O presidente da Febraban espera que a queda dos juros seja mantida no Brasil a despeito do aumento das incertezas políticas. De acordo com ele, não fosse o crédito subsidiado, que representa mais da metade do total de empréstimos no País, o Banco Central poderia praticar uma Selic ainda menor.
"A queda da inflação contribuiu muito para a queda dos juros. Esperamos que essa trajetória de queda da Selic continue, apesar do aumento das incertezas políticas", disse Portugal.
Teto de gastos
De acordo com o presidente da Febraban, o teto de gastos será essencial para que o Brasil mantenha uma trajetória sustentável para a dívida pública e é preciso prosseguir com os ajustes. Portugal ressaltou que a economia voltou a crescer no primeiro trimestre e, se esse crescimento for mantido, vai significar o fim da recessão.
Infraestrutura
Portugal afirmou ainda que o Brasil tem déficit em infraestrutura e mesmo assim investe pouco no segmento. "Aumentar o investimento é essencial para atacar o problema da baixa taxa de crescimento", afirmou ele, acrescentando que os desafios para investimento em infraestrutura decorrem de problemas estruturais e que o governo do presidente Michel Temer vem corrigindo via reformas macro e setoriais.
Ele disse que há demanda reprimida em praticamente todas as áreas da infraestrutura. "Portos e aeroportos estão sobrecarregados", disse ele, ressaltando que isso compromete a produtividade do Brasil. O executivo falou que parte do problema está relacionado à dificuldade de se financiar a infraestrutura no Brasil, país que tem baixa poupança e histórico de inflação alta e volátil, além de taxas de juros elevadas.
No setor privado, o principal papel de financiamento da infraestrutura caberá ao mercado de capitais, conforme o presidente da Febraban. Portugal citou um estudo em que tanto nos Estados Unidos, como na Europa as duas principais fontes de financiamento são os lucros retidos das empresas e o governo. Na Europa, o setor bancário responde por 25% do financiamento de longo prazo e o mercado de capitais com 15%. "Aqui no Brasil, penso que o melhor modelo seja o americano, onde o papel preponderante é do mercado de capitais", afirmou ele.
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