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Futuro presidente do BNDES elogia Maria Silvia e diz que 'parte para sacrifício'

Vinicius Neder

Brasília

29/05/2017 20h44

O futuro presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello de Castro, que atualmente dirige o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), disse nesta segunda-feira, 29, que partirá para o 'sacrifício' ao assumir o novo cargo, em substituição de Maria Silvia Bastos Marques, que pediu demissão na última sexta-feira. Em tom de despedida do IBGE, Rabello de Castro elogiou Maria Silvia e adiantou que sua posse no banco poderá ser na próxima quinta, 1º de junho.

"Era um homem feliz, ao poder coordenar os trabalhos do IBGE. Parto para o sacrifício, mas parto esperando que cada um de vocês tenham paciência com esse meu gesto. Queiram-me bem, torçam por mim e, aqueles que têm fé, rezem por mim", afirmou Rabello de Castro, ao discursar a funcionários do IBGE, em cerimônia comemorativa dos 81 anos do órgão de estatísticas.

Em seguida, em entrevista coletiva, Rabello de Castro disse que "lamenta" ter sido convocado para missão "que não estava em nosso cardápio", afirmou que não poderia responder questões específicas sobre a administração do BNDES e elogiou a gestão de Maria Silvia, que ficou um ano no cargo.

"Tenho certeza absoluta que a melhor garantia da minha eventual futura administração no BNDES se chama Maria Silvia Bastos Marques. A administração dela dispensa comentários", disse Rabello de Castro, na entrevista. "Certamente recebo uma casa que enfrenta desafios, mas uma casa arrumada", completou.

Rabello de Castro reconheceu que enfrentará desafios no BNDES. "A situação complicada se resolve através da seleção de prioridades. Existe uma coleção de problemas instalados no passado. Passado é passivo", afirmou o futuro presidente do BNDES.

O economista destacou ainda que se reunirá com a diretoria do BNDES entre esta segunda e quinta-feira. A data da posse será confirmada somente em função das agendas dos ministros do Desenvolvimento, Dyogo Oliveira, e da Fazenda, Henrique Meirelles.

Rabello de Castro sinalizou que manterá a atual diretoria. "Minha política será chegar sem bagagem e pedidos de indicação de qualquer espécie. Por favor, não telefonem para o Paulo Rabello", disse o futuro presidente do BNDES.